Mapeamos  toda
pra
voce.

 
 
Cadastre seu e-mail para receber nossos informativos.
 
 




Compartilhar

Publicado em 02/10/2018


DISMORFIA:

UM SOFRER INCOMPREENDIDO

Hoje, abordarei um tema presente no cotidiano, mas que causa estranheza e incompreensão por parte de muitas pessoas: a dismorfia, um transtorno que causa uma profunda insatisfação com a imagem corporal.

A pessoa acometida, percebe seu corpo com uma ou mais distorções, sua imagem corporal passa a se transformar em uma angústia permanente, onde somente percebe defeitos, muitos são imaginários, mas tornam-se uma realidade difícil de enfrentar.

A autoimagem, fica tão comprometida ao ponto que se olhar no espelho, torna-se uma tortura, pois a imagem vista, passa a ser inaceitável. Algumas pessoas usam o espelho como uma forma excessiva, para conferir e se comparar com outras pessoas.

O transtorno costuma acontecer na adolescência, mas crianças também podem desenvolver. Se não houver um tratamento e acompanhamento, pode persistir por toda vida adulta.

Algumas pessoas que sofrem desse mal, dependendo de cada caso, focam exageradamente em determinadas partes do corpo, outras, geram insatisfação com o corpo todo, mas todas, começam a ter sentimento de frustração, irritabilidade, raiva de si mesmas, mudanças de humor. Surge ansiedade exacerbada, medo, depressão, síndrome do pânico e outros sintomas que poderão se ampliar.

Pessoas com dismorfia podem também apelar para cirurgias e procedimentos inadequados, pois a mudança do corpo está relacionada com algo mais profundo, não percebido, não avaliado, que é o desequilíbrio emocional.

A opção cirúrgica, pode trazer outros transtornos quando decidida sobre algo fantasioso ou exagerado. Cada vez mais temos notícias da procura por inúmeros procedimentos, sem nenhuma orientação profissional. O foco é somente transformar o corpo, muitas vezes até tendo um resultado inesperado, comprometendo ainda mais algo que já estava mal resolvido. Alguns casos podem inclusive chegar a óbito.

Isso pode ocorrer em muitos casos na cirurgia bariátrica, onde a insatisfação consigo também acontece. Após a cirurgia, alguns pacientes, podem estranhar seu próprio corpo, desenvolvendo a dismorfia.

Ocorrem mudanças no corpo, porém o emocional em desequilíbrio, traz inseguranças e medos de não dar conta da nova situação.

A mídia e a sociedade em geral, reforçam a condição de um corpo perfeito, as comparações, criam situações que sem dúvida podem desenvolver a dismorfia.

É natural existirem as insatisfações por algo no corpo que não corresponda as expectativas, o que difere na dismorfia é o excesso de preocupação que muda totalmente a rotina, comprometendo de forma considerável a qualidade de vida.

O quadro de dismorfia também pode levar muitas pessoas a opção de isolamento, onde conviver com amigos, familiares, traz sensações de desconforto, e que estão sendo observadas o tempo inteiro.

O aspecto profissional também pode ser afetado, existe o desinteresse, falta de concentração, que podem culminar até em perda de emprego, que passa a ser mais um acúmulo de tanto sofrimento.

A dismorfia, pode causar também, bulimia que são pessoas que provocam vômitos constantes por acharem que podem ganhar peso ou a anorexia, onde a falta de alimentação adequada causa perda vertiginosa de peso, ambas se não forem cuidadas a tempo podem causar ainda mais danos ao físico e emocional.

A autoestima de quem sofre de dismorfia, torna-se extremamente baixa, pela insatisfação profunda consigo, a insegurança está presente o tempo todo, a aparência distorcida passa a ser o foco de sua vida.

A dismorfia nos homens. Pode surgir pela busca exaustiva de corpos musculosos, também chamada vigorexia, tanto quanto os exemplos citados anteriormente, existem fantasias de um corpo inadequado que deve ser transformado.

A dismorfia costuma causar também, humor alterado, apatia, pensamentos negativos, autodestrutivos, extremistas, algumas pessoas buscam alivio através do abuso do álcool, fumo, ou outras substâncias, podem desenvolver compulsões por compras, jogos.

Dependendo da gravidade do quadro, existe necessidade de haver acompanhamento paralelo multidisciplinar e medicamentoso, para atenuar os sintomas, junto com a psicoterapia aos poucos, o portador da dismorfia, poder retomar sua vida como um todo.

A integração mente corpo, abrange que ambos são inseparáveis, a insatisfação de maneira obsessiva com o corpo, gera a dismorfia, requer atenção para que algo não vai bem com o emocional, exige identificação e tratamento

Buscar ajuda profissional, trabalhar o autoconhecimento, a aceitação dos limites e potencialidades, podem sem dúvida ser um caminho para transformar uma situação que envolve sofrimento, em aprendizado e crescimento.



Boas reflexões!

Fico a disposição para dúvidas ou maiores esclarecimentos.

Forte abraço!

Claudete J. Silva Colunista de Saúde e Comportamento
Psicóloga Especialista em Clínica e Psicossomática
Tels: (11) 5594-2639 | WhatsApp: (11) 99626-4832
e-mail: claupsi.js@gmail.com



Compartilhar




Portal Vila Mariana ® SP