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Publicado em 25/11/2013


MEDOS E ANSIEDADES


Quem já não se viu em situações de medos e ansiedades? mãos suadas, respiração ofegante, taquicardia e a impressão que o coração vai sair pela boca são os sintomas mais comuns que ocorrem nessas situações.

Sempre sou questionada sobre as diferenças de cada um, costumo dizer que ambos caminham paralelamente, pois momentos de medo causam grandes ansiedades e vice versa. Pessoas que não conseguem dominar e manter o equilíbrio em relação aos medos e ansiedades ficam constantemente tensas, preocupadas e estressadas, pois em muitas situações do cotidiano precisam se expor apesar das grandes dificuldades.

A expressão popular “amarelou” é um medo comum diante de situações difíceis de enfrentar. O cérebro dispara reações, o organismo se defende e paralisa a ação. Se esquivar e não enfrentar algumas situações desgastantes é uma forma de proteção, mas pode esgotar e comprometer muito a vida de quem vive constantemente sob essa forma de pressão.

Situações de exposição como fazer provas, ser entrevistado para um novo emprego, iniciar um novo relacionamento, mudar de cidade ou país ou qualquer tipo de situação nova pode disparar muitas sensações de medo.

São inúmeros os medos que surgem no decorrer da vida: medo de animais peçonhentos ou não, grandes e de pequeno porte, (o terror sentido é o mesmo independente do tamanho ou periculosidade de cada animal) lugares fechados, medo do escuro, medo de avião, de dirigir, de morrer, de perder um ente querido e tantos outros. Não se pode generalizar pois cada um tem uma história para contar.

O que fazer para enfrentar a situação? Antes de mais nada, conhecer algumas formas que o medo pode se originar. Muitos medos são desenvolvidos na infância, por pais super protetores que não permitem que seus filhos tenham experiências simples como cair e aprender se levantar, evitam que a criança possa fazer coisas por si só.

Através de broncas, críticas e constantes alertas , enfatizam que tudo pode ser perigoso, inibem a criatividade e expressão que a criança possa estar desenvolvendo. Esses pais também não permitem que o filho viva desapontamentos ou frustrações que são corriqueiras e necessárias para a segurança e aprendizado. Não costumam desenvolver nos filhos a segurança e auto confiança.

Pais ameaçadores que não dialogam e fazem ameaças de castigos, agridem fisicamente ou verbalmente seus filhos, também provocam muitas temeridades que são reforçadas com o decorrer do tempo, inibindo a espontaneidade, trazendo inseguranças e medos.

Dependendo da reação da criança, o medo pode se instalar e se tornar permanente. O medo por animais, objetos ou situações podem camuflar outros medos que surgiram em algum momento do desenvolvimento infantil sendo perpetuado na vida adulta.

O medo pode também ser desenvolvido por situações traumáticas como causar ou sofrer um acidente de carro e passar a ter medo de dirigir, ter medo de lugares ou pessoas que lembrem um episódio de assalto dentre muitos outros.

Muitos medos também acontecem sem que a pessoa entenda os motivos pelos quais existam. É comum transportar o foco do medo para uma situação específica, objetos, lugares, diversos tipos de insetos. As sensações físicas e psíquicas são as mesmas de esgotamento e impotência e causam o mesmo desconforto dos medos traumáticos.

Diversas pessoas podem desenvolver o mesmo tipo de medo o que não significa que tenham motivos idênticos para senti-los cada medo deve ser investigado juntamente com todo o contexto e histórico de quem vivencia esse tipo de situação.

Também é importante frisar que existem ironias e sátiras quando alguém não consegue esconder seu temor, é difícil para quem está julgando compreender a seriedade da situação pois costuma-se fazer comparações e minimizar o que o outro está sentindo. Isso ocorre nos ambientes familiares, profissionais, sociais e reforça ainda mais as sensações de angústia e impotência de quem sente o medo.

O medo pode ser um cúmplice, um aliado e companheiro quando for utilizado como proteção das situações perigosas. O medo que aflige, paralisa e distância de novas oportunidades e novas experiências deve ser aos poucos entendido para ser descartado, cada um possui esse poder.

Experimente identificar quem são esses fantasmas que povoam grande parte de sua vida, quais foram e quais são os medos que podem te paralisar, se não consegue sozinho busque ajuda profissional.

Invista em seu auto conhecimento, pois se conhecendo mais e melhor você adquire cada vez mais recursos para lidar com os medos da vida.

Não se envergonhe por sentir medos e ansiedades, uma enorme parte das pessoas do planeta também sentem, alguns podem não demonstrar.

Por fim alguns lembretes que sem dúvida farão muitos se recordarem de situações de enfrentamento de medos e ansiedades que surgiram no decorrer da vida.

Você consegue se recordar quantas e quantas vezes mesmo com medo você encarou muitas dificuldades de frente? Com seus filhos, com seus pais, com seus irmãos, com seu chefe, com seu marido, com sua esposa, enfim, quantas vezes você se dedicou a resolver questões difíceis mesmo com medo e as superou e resolveu...você percebeu o quanto teve coragem?

Você tem medo de encarar os medos? E dos seus medos quem tem cuidado? O medo pode parecer uma casa mal assombrada onde sente-se medo de abrir a porta para conhecer o que tem por trás. Gera ansiedades e expectativas de acontecer algo de muito ruim.

Medos tendem a crescer, se transformar em monstros sem nomes, costumam sequestrar e colocar quem sente temor num desconhecido cativeiro por tempo indeterminado, fazendo desse um eterno refém. O medo costuma afogar mesmo quem saiba nadar, paralisa quem sabe andar.

Diante de tantas questões, reconheça que você pode escolher e se dar oportunidade de se libertar, prosseguir, aproveitando o lado bom da vida, contornando situações que gerem medos e ansiedades fazendo com que os bons ventos soprem ao seu favor.

Pense nisso, vamos em frente, pé na estrada para novas conquistas. A principal de todas elas é a de você não ser escravizado pelos medos e ansiedades. É necessário muito empenho e determinação, tente, experimente!


Dúvidas, opiniões ou sugestões? Fico a disposição.



Claudete J. Silva Colunista de Saúde e Comportamento
Psicóloga Especialista em Clínica e Psicossomática
Tels: (11) 5594-2639 | (11) 99626-4832



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