Hoje trago um tema sempre interessante de se abordar: Maturidade Emocional, que é a maneira como lidamos com nossas emoções, mantendo o equilíbrio, mesmo nas situações extremas para poder tomar decisões e escolher o melhor caminho.
As emoções são desencadeadas a partir das experiências vividas, podendo ser positivas ou negativas, mas para muitas pessoas, essas emoções devem ser mantidas em sigilo, pois ao demonstrá-las, fantasia-se que pode ser um sinal de fraqueza.
Nas emoções a idade cronológica nem sempre corresponde a maturidade emocional. Muito se fala na maturidade que a idade nos traz com o passar do tempo, mas esse número é relativo, a maturidade emocional depende da forma de pensar e agir aos desafios que a vida proporciona.
Existem jovens maduros, pessoas mais velhas imaturas, pessoas com idades iguais e maturidade diferente, pessoas com grandes diferença na idade e a mesma maturidade.
A falta de maturidade emocional influencia todos os contextos da vida, podendo trazer diversas consequências, dificuldades nos relacionamentos, comprometimentos no contexto familiar, profissional e social.
Somatizações que geram doenças emocionais e físicas surgem a partir do desequilíbrio das emoções, a ansiedade, o estresse, depressão e síndrome do pânico são alguns exemplos que costumam acontecer.
Sentimentos não compreendidos podem ser confundidos ou externados de forma impulsiva, agressiva, explosiva e desequilibrada. É importante ter a possibilidade de verbalizar os sentimentos; pessoas contidas, fechadas em um mundo só seu, tendem a entrar num estado confusional.
Nesse momento, a busca pela ajuda profissional é um recurso para identificar, gerenciar com sabedoria as emoções e transformá-las em comportamentos equilibrados e saudáveis. Promover o autoconhecimento, o autocontrole, o refletir antes de agir são passos necessários para aquisição da maturidade emocional.
A negação dos sentimentos negativos, como raiva, mágoa, rancor e outros, ou seja, fazer de conta que não existem, podem causar um acúmulo que com o tempo poderá vir à tona na forma de comportamentos exacerbados.
As pessoas costumam dizer que, do nada, alguém teve um surto, uma explosão. Costumo comentar que absolutamente nada é do nada, tudo tem uma razão de ser, a causa deve ser descoberta e tratada.
No processo terapêutico, a auto-observação ajuda muito na compreensão dos sentimentos, a percepção de como e quando acontecem é uma forma de refletir e controlar melhor os sentimentos.
Durante o processo terapêutico, as emoções positivas também poderão ser desvendadas. As potencialidades podem ficar encobertas devido às vivências negativas. As pessoas do convívio de cada um, nem sempre compreendem o que o outro sente, a tentativa de ajuda pode ser compreendida como crítica e complicar ainda mais a aquisição da maturidade emocional.
A conquista da maturidade emocional pode ser gratificante no sentido de transformar comportamentos inadequados, em situações compreendidas, é um estágio de evolução, uma possibilidade de lidar melhor com as dificuldades, e focar na qualidade de vida.
Um aspecto importante para ser refletido na maturidade emocional é sobre a frustração, uma emoção necessária para conviver com variáveis incontroláveis, ou seja, situações que não poderão ser da maneira que se deseja.
Desde a infância algumas crianças são superprotegidas pelos pais, que não conseguem por limites e dizer não, tentam esconder realidades necessárias para o desenvolvimento. Crianças que não são submetidas a limites e frustrações, se tornarão adultos irritados e explosivos quando contrariados.
A baixa tolerância à frustração na vida adulta repercute de maneira arrebatadora, trazendo sentimentos de fracasso a cada tentativa mal sucedida, ao contrário dos que lidam de forma equilibrada e contornam qualquer dificuldade, se tornando pessoas equilibradas, bem humoradas e de bem com a vida.
Quem tolera bem as frustrações não sofre com elas, apenas absorve como aprendizado, sem raiva e mágoas, com a capacidade de se reinventar e seguir em seus melhores objetivos.
O que difere a maturidade da inteligência emocional?
Ambas possuem as mesmas exigências, conhecimento de si, saber utilizar recursos internos para evitar conflitos e promover harmonia nos relacionamentos. As empresas, ao selecionar candidatos para diversos cargos, baseiam-se muito na escolha de pessoas com perfis de inteligência e maturidade emocional.
A maturidade emocional, também proporciona maior responsabilidade e disciplina. O controle das emoções significa ter um filtro, saber o que e quando dizer coisas e agir. Pessoas que possuem maturidade emocional são mais determinadas, otimistas, ousam mais em seus projetos por serem mais confiantes e corajosas.
Estar emocionalmente sensibilizado por qualquer motivo necessita calma atenção e compreensão da situação. Pensar na aquisição da maturidade emocional exige um caminho que, como mencionei anteriormente, necessita de um acompanhamento profissional.
Falar sobre maturidade emocional exigiria longas considerações, mas iniciar uma reflexão a respeito já é um grande e importante passo, algumas pessoas podem até imaginar que estão longe disso, mas cada um tem seu tempo, acredite!
Boas reflexões!
Fico a disposição para dúvidas ou maiores esclarecimentos.
Forte abraço!
Claudete J. Silva Colunista de Saúde e Comportamento
Psicóloga Especialista em Clínica e Psicossomática
Tels: (11) 5594-2639 | WhatsApp: (11) 99626-4832
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e-mail: claupsi.js@gmail.com
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