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PEIXES


Na minha matéria Restaurante por Quilo, eu falei sobre a importância de o empreendedor atender às necessidades ou preferências de alimentação de seus clientes.

Dentre a diversidade de ofertas que essa postura impõe, quero ressaltar um alimento que se sobressai pelos benefícios que traz à saúde humana: o peixe.

Muitos clientes meus adoram peixe e eu ofereço pratos com esse alimento todos os dias, às vezes até de duas espécies diferentes ou, então, de um mesmo tipo preparado de duas maneiras.



UM POUCO DE HISTÓRIA


É muito antigo o uso do peixe como alimento. Mas atualmente eu observo que o peixe vem sendo preferido à carne vermelha como fonte de proteínas e de gordura de melhor qualidade.(...)

Especialmente pelas pessoas que se preocupam em diminuir sua ingestão de gordura saturada, presente na carne bovina e em vários derivados dela.

O peixe tem menos gordura que a carne vermelha, acrescenta à alimentação um misto de minerais e vitaminas saudáveis, além de ser uma boa fonte de ômega 3, um tipo de gordura não-saturada que nas últimas décadas vem sendo bastante pesquisada pelos benefícios que traz no combate e prevenção de várias doenças, como as cardiovasculares.

Eu me lembro que aprendi bastante sobre a importância do consumo regular de peixes em uma cartilha lançada pelo Ministério da Saúde, como parte do Plano de Desenvolvimento Sustentável do governo brasileiro.

A cartilha é parte de uma campanha que já aconteceu, em 2011, mas hoje verifiquei que permanece disponível na internet e de lá eu trouxe para você, leitor ou leitora do Portal Vila Mariana, os seguintes trechos:

“De modo geral, os peixes são boas fontes de todos os aminoácidos essenciais que ajudam a formar as proteínas necessárias para o crescimento e a manutenção do corpo humano. São também fontes importantes de ferro, vitamina B12, cálcio e gorduras essenciais, fundamentais ao bom funcionamento do corpo.
Vários tipos de pescado são fontes de ômega 3, que é encontrado principalmente em peixes como atum, pintado, sardinha, arenque, anchova, tainha, bacalhau e truta. O ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Tanto os peixes de rio como de mar fazem bem à saúde.”


COMO ESCOLHER PEIXES PARA ALIMENTAÇÃO


Na mesma cartilha que eu citei, o Ministério da Saúde alerta para um cuidado importante: ao comprar peixe, é preciso saber se ele está no tamanho e no período de pesca permitidos para aquela espécie que você escolheu.

Eu compro peixes para o restaurante no Ceagesp, sempre considerando o Calendário de Safras, que me informa os tipos de peixe mais frescos a cada mês.

Porém, escolho e preparo os peixes com muito cuidado, porque sei, também, que pode se deteriorar muito rapidamente e que é bastante sensível à contaminação por toxinas do seu meio ambiente, como a de resíduos industriais. metais pesados e outros tipos de poluição.

Quem gosta de peixe já sabe de alguns aspectos que deve observar na hora da compra. Mas vou aqui repetir, ou acrescentar, os procedimentos mais importantes: Observe a limpeza do local e a higiene dos atendentes onde o peixe está sendo comercializado, principalmente a forma de conservação que utilizam.

 
Verifique se o ambiente está livre de contaminantes (como areia, pedaços de metais, plásticos, combustíveis, sabão e moscas).
Se o peixe é fresco, observe a temperatura do balcão refrigerado (deve ser inferior a 4°C).
Se está conservado em caixas térmicas ou isopor, o peixe deve estar totalmente envolvido pelo gelo.
Escolha peixes de pele firme, bem aderida, úmida e sem a presença de manchas.
Os olhos devem ser brilhantes e salientes.
As escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele.
As guelras devem ser brilhantes e sem viscosidade, de cor que vai do rosa ao vermelho intenso.
E, sobretudo, observe o odor: deve ser característico, mas não repugnante.



O congelamento é um eficiente meio de manter a qualidade do peixe, porém a data de validade deve ser sempre verificada.

Vale lembrar, ainda, que você deve se habituar a adquirir o peixe (fresco, refrigerado ou congelado) ao final de suas compras. Isso facilitará a manutenção da qualidade desse alimento.



HORA DE EXPERIMENTAR


A sardinha a escabeche faz sucesso no meu restaurante. Então, resolvi dividir essa receita com você, aqui, no Portal Vila Mariana.

A minha receita de sardinha a escabeche

Rendimento: 4-5 porções
Tempo de cozimento na pressão: 40 minutos

Ingredientes

1 kg de sardinhas limpas, sem cabeça, rabo e barriga, mas inteiras
300 g de cebola cortada em rodelas
300 g de tomate cortado em rodelas
300 ml de vinagre branco
600 ml de azeite
sal, orégano e pimenta do reino a gosto
uma pitada de colorau de urucum ou de pimentão vermelho em pó

Modo de Preparar

Em uma panela de pressão, monte os ingredientes em camadas, nesta ordem: cebola, tomate sardinhas e temperos.

Coloque o vinagre e o azeite por último.

Tampe a panela de pressão e coloque-a em fogo alto. Quando começar a chiar, abaixe o fogo e cozinhe por mais 30-35 minutos.

Desligue e não abra a panela até que esfrie bastante, de preferência até o dia seguinte. Dessa maneira, as sardinhas não se deformam e suas espinhas ficam molinhas.

Esse escabeche pode ser conservado na geladeira por até 15 dias, mas não deve ser congelado para manter a textura das sardinhas.


Rosangela Cappai
Colunista de Gastronomia
Com redação de Marília Muraro

HORA DE PARTICIPAR


Você costuma comer peixes? Por quê?

Conhece outras fontes de ômega 3? Quais?

Pessoas que seguem as tradições judaicas não comem peixes de couro; só os que têm escamas. Você sabe por quê?

Gostaria de ver outras matérias publicadas nessa coluna do Portal Vila Mariana? De que tipo?


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