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RESTAURANTE POR QUILO



Hoje em dia, o restaurante em que você põe no prato apenas o que deseja consumir e paga exatamente por isso talvez seja a melhor opção para quem precisa fazer uma refeição saudável e rápida – o que não era possível há trinta anos atrás.

Eu me lembro que até o início dos anos 80 eram raras as opções para quem precisava almoçar fora de casa. O profissional bem remunerado se alimentava em restaurantes com serviço à la carte, o de salário médio almoçava “alguma coisa” em lanchonetes e o de menor poder aquisitivo levava marmita para o trabalho ou “batia um pf (prato feito) ali na esquina”.

Dizem os analistas que o cenário começou a mudar com a importação do modelo norte-americano de fast-foods. E as lanchonetes que se esmeravam em oferecer um arremedo de comida caseira, e também os populares “pfs”, foram engolidos por hambúrgueres e batatas fritas.

Então, surgiu o restaurante por quilo (ou a quilo, como querem alguns puristas), oferecendo a agilidade dos fast foods mas com um cardápio muito mais variado e preço por peso, o que permitiu ao consumidor escolher não só o que comer, mas também o quanto irá gastar.

Assim, o almoço fora de casa tornou-se acessível a pessoas de poder aquisitivo diversos e, de quebra, passou a oferecer um mesmo espaço de refeições a representantes de várias faixas sociais.

Esse modelo de comer fora deu muito certo aqui no Brasil.

Dizem, até, que é invenção brasileira. Ignoro como isso acontece em outros países; na Europa, até a década de 1990, não havia restaurantes desse tipo. Sei disso porque morava lá. Foi num passeio ao Brasil que conheci um restaurante por quilo e fiquei encantada com a novidade.




Hoje, o ramo dos restaurantes por quilo no Brasil é bastante disputado. De acordo com o Sebrae-SP, já em 2005 existiam cerca de 800 mil estabelecimentos desse tipo no país, sendo 2,5 mil deles somente na capital paulista.

Pode-se dizer, então, que de 1980 para hoje, praticamente em três décadas, o brasileiro passou a contar, na hora do almoço, com uma opção de alimentação prática, saudável e econômica.
 

A EVOLUÇÃO DO RESTAURANTE POR QUILO


Assim como o restaurante por quilo surgiu para atender a uma necessidade dos consumidores de comer bem fora de casa, a diversidade dos pratos oferecidos teve de, aos poucos, ir se adaptando a paladares diversos. Pois há quem goste de carnes suculentas e massas regadas a molhos, uns preferem frango grelhado e salada fresca, outros só comem peixe, e todos querem, com razão, acompanhamentos adequados às suas escolhas.

Como o empreendedor de um restaurante por quilo pode atender a essas demandas? São necessidades importantes tanto para quem deseja apenas apreciar o sabor dos alimentos como para quem precisa de uma restrição alimentar, para quem quer engordar ou para quem quer emagrecer, ou, ainda, para quem faz opções de vida mais natural, como os vegetarianos.



 
Parece difícil, mas não é. Não para quem ama o que faz.

No verão, por exemplo, aumento a oferta de folhas frescas; no inverno, ofereço maior variedade de grãos. Para os gourmets, invento receitas diversas; para os naturalistas, introduzo preparados com fibras naturais, como proteína de soja, quinoa e arroz integral; para todos, sempre tenho peixes, legumes e frutas da época, o que eu descubro consultando o Calendário de Safras do Ceagesp... e por aí vai.

E nada melhor há, para mim, do que dar aquela última conferida nos pratos, antes do horário do almoço, verificar se a equipe está afinada como uma boa orquestra e começar a receber os clientes com o meu melhor sorriso.


HISTÓRIA OU LENDA?


Dizem que a invenção do restaurante por quilo é brasileira. Confira:

“A autoria da invenção é reivindicada pelos irmãos Proença da Matta Machado, de Belo Horizonte. Eles contam que, em 1985, perceberam que as casas estavam perdendo empregadas domésticas e os restaurantes ficando lotados na hora do almoço.

Para facilitar a vida dos novos clientes, eles colocaram a balança perto do fogão.
A novidade deu certo. Em pouco tempo, abriram mais três restaurantes na capital mineira e o quinto no Rio de Janeiro. Nasceu assim a rede de restaurantes Isto e aQuilo. Em pouco, com nomes menos ou mais criativos, surgiram restaurantes de comida a quilo em todo o Brasil.”



Rosangela Cappai
Colunista de Gastronomia
Com redação de Marília Muraro


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