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Publicado em 26/04/2023

SOBRE AS PESSOAS QUE OSTENTAM


O perigo da ostentação como padrão de vida atual.

O desejo de ostentar é uma das características encontradas nas pessoas egocêntricas. A ostentação se dá por um bem descartável, que pode ser trocado sempre. Isso vale para objetos e pessoas. São as relações transitórias e substituíveis, sem laços duradouros. 

Em relação ao objeto, aparelho celular é um bom exemplo de ostentação temporária, pois lançado um novo modelo, o anterior será ultrapassado. O gozo gerado pelo prazer de ostentar dura pouco, pois o vazio interno é grande e o sujeito precisará ostentar novamente para se preencher. 

A ostentação está totalmente interligada à desigualdade social - ela existe pelas diferenças sociais, tão visível no Brasil. 

Cria-se a dependência do olhar do outro, pois é o outro que sustenta o ego de quem ostenta: se não houver seguidores nem comentários, o sujeito será apenas mais um nas redes sociais. Isso gera recalque e competitividade. 

A questão do ego é tão forte que, vira e mexe, vem à mídia um famoso que se perdeu nas redes sociais, por vezes sendo cancelado, por excessos e polêmicas.

Na vida contemporânea existe um acesso maior aos bens de consumo, acesso esse disseminado por todas as camadas sociais. Milionários não ostentam, pelo contrário, geralmente têm a consciência do poder de consumo. Quem ostenta é a classe que luta para se manter em status. O rap e o funk cantam a ostentação.

A ostentação se sustenta pelo olhar do outro, visando a exposição e a visibilidade. Se todos tivessem uma Ferrari, ninguém precisaria ostentá-la, exemplo simplista. As redes sociais fomentam o olhar de inveja ou de admiração. 

Ostentação, na atualidade, é a vaidade, um dos pecados capitais. O ser humano virou um produto para se ostentar - ele não está preocupado em como se sente e, sim, em como irá impactar o outro. Impactando irá gerar ibope, comentários e seu ego será elevado. Então o seu objetivo será alcançado.

Atual exemplo da ostentação desenfreada, a esposa de um famoso jogador europeu, que foi protagonista de recente documentário na plataforma de streaming, exibe compras e caros objetos evidenciando o alto poder aquisitivo do marido e isso vem prejudicando a imagem do jogador, sempre reservado. A ostentação cega.

Embora um exemplo explorado, do lado oposto está a cantora Sandy, exposta à mídia desde pequena, e que formou-se uma mulher adulta discreta, delicada, sutil. Muitas celebridades vivem de forma discreta e usam apenas seus trabalhos como exposição, resguardando a vida pessoal.

Sobre a discrição. O oposto de ostentar é ser discreto. A discrição gera a sutileza, essa arte magnífica que é existir sem ser notado, ajudar sem ser requisitado. Não compartilha fofoca, não entra em discussão acalorada. Respeita o ponto de vista do outro, mas é fiel aos seus pontos de vista. 

Tem propósito de vida, não vê necessidade em expor sua vida íntima; conserva sua integridade. Não há nada contra postagens na internet, mas é necessário estar consciente do impacto que irá gerar no outro e como ele pode reagir. É preciso preservar-se.

Afinal, tu no eres Georgina.



Redação:

Silvia Delforno, psicanalista. 
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
Sessões on-line e presencial.  
Informações: whatsapp - 11 971182440.




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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