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Publicado em 03/06/2022
RELACIONAMENTO TÓXICO
- ATÉ QUE OS LIMITES OS SEPAREM
Especial dia dos namorados.
Com o dia doze de junho se aproximando, trago uma reflexão sobre os relacionamentos que se tornam abusivos e o casal insiste em continuar juntos, extrapolando limites emocionais, psicológicos e muitas vezes físicos. Anteontem foi quarta-feira, dia primeiro de junho. O mundo parou para a sentença do julgamento do ator americano Johnny Depp e sua ex-mulher, a também atriz Amber Heard. A condenação milionária diz que Amber pagará muito e Depp pagará pouco. Cifras à parte e estrelismo também, o que leva um casal a lavar roupas sujas em um tribunal? Ambos relatam que o parceiro usou de difamação em entrevistas e redes sociais. A imagem que se vê é um homem comemorando e uma mulher lamentando. Entre mentiras e verdades, ninguém sabe o que aconteceu entre quatro paredes, mas a pergunta que fica é: por que insistiram em relacionar-se? Por que não se separaram na primeira grande discussão? Muito do que vejo em consultório mostra quantos relacionamentos tóxicos existem e o indivíduo se coloca numa posição de vítima da outra pessoa, como se seu pé estivesse amarrado à mesa e ele não pudesse sair correndo dessa relação. São muitos os pontos para se observar nessa situação: qual é a concepção de amor e relacionamento que o sujeito teve dentro da sua casa? Havia uma casa e uma família? As pessoas costumam reproduzir os exemplos que tiveram, logo se veio de um lar desestruturado, atrairá e aceitará relações desestruturadas. Outro ponto é a autoestima e, por consequência, o amor-próprio. Você gosta de você a ponto de viver sozinha, criar sua rotina, expandir seu potencial, ter bons empregos, estruturar-se, e aí sim pensar em encontrar um parceiro? Ou você se "encosta" no outro achando que ele é responsável pela sua vida? O seu crescimento pessoal, profissional e intelectual depende exclusivamente de si mesmo. O desgaste da relação acontece quando um parceiro tenta mudar o outro, adequando a pessoa às suas idealizações. Isso não existe, pelo simples fato de que um é um e outro é outro. Cada um tem a sua vida. Segurança e amor eterno não existe como se imagina, porque ninguém é capaz de preencher o vazio da vida do outro. O início da cura acontece quando a pessoa está disposta a descobrir de onde vem tanta insegurança: experiências ruins do passado? traumas de infância? sequência de relacionamentos ruins? A terapia existe para ajudar você a viver melhor e ser o seu próprio porto seguro, ao invés de se apoiar no outro. Pessoa dependente demanda tempo para encontrar motivos para se amar, mas isso é possível e é um processo libertador. Se você não vê motivos para comemorar o dia dos namorados, se você se sente amarrado ou inválido dentro de uma relação, procure ajuda. Bons relacionamentos são leves, calmos e amorosos. Relacionar-se da maneira certa fará você uma pessoa mais independente e mais feliz. Ambos crescem na relação, sem competição. Outra coisa, amor jamais rimará com violência: se sua relação é violenta, procure ajuda. Você merece ser feliz. Redação:
Silvia Delforno, psicanalista. "Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
Sessões on-line e presencial. Informações: whatsapp - 11 971182440.
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