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Publicado em 09/06/2023
QUEM TEM MEDO DA FELICIDADE?
Amar e ser amado, o segredo para ser feliz.
Segundo o saudoso psicoterapeuta Flávio Gikovate, a felicidade é mais temida do que desejada. Temida pois envolve bondade, entrega e afeto. E o amor assusta aos que nem sempre compartilharam a vida com momentos felizes. A felicidade pode ser definida como reações emocionais positivas ao longo do tempo, numa definição simplista. Contudo, a maioria das pessoas tem uma visão errada de felicidade. Ela não está atrelada à circunstâncias nem aos bens materiais, e sim, ao equilíbrio emocional e ao grau de satisfação com a vida.
Apesar de estar entre os principais desejos das pessoas, uma das maiores formas de ser infeliz é justamente perseguir a tal felicidade, priorizando e se cobrando para alcançá-la. Esse comportamento gera a não aceitação do lado ruim da existência. E leva o indivíduo a não aproveitar os outros benefícios que a vida pode oferecer, além da felicidade.
Muitas pessoas se autossabotam fugindo de momentos que geram alegria e bem-estar, como reuniões com familiares ou amigos, logo, parecem temer a felicidade, enaltecendo os problemas e a dor .
Como exemplo, podemos citar o notável caso da pessoa que está num relacionamento saudável, mas sente que isso está estranho, não é normal para ela uma relação feliz e, como se ela antecedesse que alguma coisa ruim estaria acontecendo, ela rompe a relação. É uma forma da mente sabotar a felicidade. A gratidão gera a felicidade
A gratidão é a primeira característica de uma pessoa feliz. A maioria lamenta pelo que não tem, esquecendo de olhar para o que já tem, e esse é o sentido da gratidão. Quando o foco é o que não se tem, ocorre a insatisfação, e quando a gratidão é praticada, possivelmente aumente a sensação de estar satisfeito com a vida.
Um exercício sugerido para prática da gratidão é inspirar (colocar o ar para dentro do corpo), pensando: "sou grato por quem eu sou", e expirar (soltar o ar), pensando: "sou grato pelo que eu tenho".
Fazer vinte repetições, respirar profundamente e permanecer em silêncio, pertencendo ao presente, apenas.
Outra prática bastante recomendada é, no final do dia, reconhecer e agradecer as situações, os sentimentos e os pensamentos positivos que decorreram durante aquele dia. A maioria das pessoas passa mais de 50% do seu tempo no piloto automático, ruminando pensamentos num ciclo interminável; os picos desse piloto automático acontecem nos momentos de estresse e ansiedade.
Para viver com o pé no chão, na realidade, é preciso fazer pequenas pausas para voltar ao presente - o passado já foi, o futuro é uma incógnita, apenas o presente existe. E, geralmente, no presente, os bons sentimentos fluem, inclusive a felicidade. Perca o medo de se relacionar
Pesquisas apontam que é nos relacionamentos que a pessoa mede o seu grau de felicidade. O contentamento com a vida está vinculado ao êxito das relações satisfatórias construídas ao longo da vida.
Bons relacionamentos atraem uma vida mais longa, além de um maior ganho financeiro, pois existe o impulso para viver de forma plena, a famosa força de vontade. Relacionamentos significativos geram amor, lembrando que relacionamentos não se resumem apenas aos amorosos. Amor gera felicidade. Talvez seja esse o maior medo, o de amar e ser amado. Redação:
Silvia Delforno, psicanalista. "Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações". Sessões on-line e presencial. Informações: whatsapp - 11 971182440.
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