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Publicado em 29/09/2023

OBRIGADA, SANDY, PELO FIM DA MULHER PERFEITA




A separação da cantora Sandy, símbolo da mulher perfeita,causou impacto em muitos conservadores e, ao mesmo tempo, permitiu que muitas mulheres se sintam tão especiais quanto ela

Ela é linda, rica, famosa, inteligente, magra, mãe, independente, carinhosa, boa filha, estudada e separada. Após vinte e quatro anos, dos seus quarenta, ela se separou ou se separaram dela, não importa. O que importa é que ela nos salvou da síndrome da mulher perfeita, afinal, se até a Sandy tem tristezas, imagine nós.

Desde o último dia vinte e cinco, dia que anunciou o fim de seu casamento, a especulação gira em torno do nome da pessoa que ocasionou a separação, ou quais defeitos Sandy escondia a sete chaves. 

Ou ainda se seu ex-marido não era o que mostrava ser. Grandes são as apostas, menos a hipótese da relação ter se desgastado, a rotina desgastante, a exposição inevitável, o contato físico escasso, a chama quase apagada e o tempo, passado. Igual aos finais dos meros mortais.

A menina perfeita pode ter errado, e o melhor, a menina perfeita tem seu lado imperfeito, glória aos céus. A doce boneca esconde uma mulher controladora e autoritária, papéis já assumidos pela própria. A delicada tem desejos. A super star se cansa também e quer curtir sua vida, sem julgamentos. Ela só quer ser ela mesma.

Dois mil e vinte e três é o ano, e a mulher perfeita é aquela que estuda, trabalha, cuida da sua saúde, tem sonhos e metas, prefere sua saúde mental à paixões fulminantes. 

Ela fala "não" quando ela não quer, porque levou anos para aprender que primeiro se respeita, depois faz as vontades alheias. Primeiro se ama, depois ama o outro. Ela também não tem vergonha de dizer que ama a Maria assim como ama o João, ela ficou fiel aos seus sentimentos.

A mulher perfeita pós Sandy não aceita violência, sob nenhuma hipótese. Ela foge de relações abusivas e não romantiza o desprezo do outro. Ela redefiniu o amor - hoje ela procura por mais compreensão, mais perdão, mais resiliência, mais afeto. Essa mulher também entende que não há como mudar o outro, mas ela procura se conhecer e mudar a si própria.

Não importa se já teve vários relacionamentos, ela coleciona momentos, risos e alegrias. Gosta de vida social, dança, aprecia um bom restaurante e ama viajar. Ela pode ou não ter filho, sua decisão é a que conta, não a do outro. Ela respeita sua família, desde que a respeitem. Idem aos amigos.

A perfeitinha do momento não está presa numa torre nem espera por um príncipe encantado, ela luta e faz a sua realidade acontecer. Sabe seu lugar numa relação a dois e está aberta a amar e respeitar. Com os pés no chão.

Amiga, chore o tempo que for preciso, só não faça morada na dor. Se o ex foi o único ou se virão outros, respeite os seus desejos, apenas. Ouse tomar um vinho sozinha, ouse aproveitar uma viagem sozinha ou com seu filho.

A Torre Eiffel tem a mesma vista quando estamos sozinhas e sentar numa mesa de restaurante e o garçom perguntar se você está esperando por alguém vai ficar natural, e você não se sentirá constrangida. 

Não tenha medo de ser solteira novamente. Tenha medo de idealizar amores eternos, isso sim. Deixe isso para os seus pais.

Vai ser feliz e seja bem-vinda ao time das mulheres que erram e acertam, e são felizes, apesar de tudo.




Redação:

Silvia Delforno, psicanalista.
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".

Sessões on-line e presencial.  
Informações: whatsapp - 11 971182440.








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