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Publicado em 26/12/2023

O MUNDO DEPOIS DE NÓS, O FILME



Filme na plataforma Netflix aflora
os receios de um futuro relativo


Todo dezembro a Netflix lança um filme que nos faz refletir, tipo o show do rei Roberto Carlos, que nos faz ver o quanto estamos envelhecendo. Me lembro do show do rei quando tinha uns dez anos e minha mãe e irmãs assistiam. 

Já a Netflix lança um filme pensante a cada dezembro, desses que nos faz questionar a vida. Já houve os pássaros com a Sandra Bulock (Bird Box/2018). Houve o elevador da divisão social, (O poço, lançado em março de 2020). 

Engraçado pensar nesses filmes que relatam a realidade social, o vazio humano e as possíveis mazelas de um futuro talvez próximo, sendo lançados por uma plataforma símbolo do mundo capitalista. Paradoxos.

Baseado no livro de mesmo nome do escritor americano Rumaan Alam, "O mundo depois de nós" traz um elenco de peso - Julia Roberts, Ethan Hawke, Mahershala Ali. 

Julia, no papel de Amanda, aluga uma luxuosa casa próxima a praia para passar férias com sua família, todavia, coisas estranhas começam a acontecer, deixando todos sem comunicação externa. 

Num determinado momento, bate à porta o dono da casa (G.H., interpretado pelo excelente Mahershala Ali, e sua filha, Ruth). Ambas as famílias discutirão sobre os crescentes acontecimentos que acercam o momento, em busca de teorias. E por fim, unem suas forças.

Por ser um filme de suspense pouco realista (pelo menos por enquanto), o longa cria expectativa sobre o desfecho dos personagens e as questões envolvendo, lembrando que, por mais que seja ficção, as teorias são conspiratórias e talvez mostrem o mundo como ele está.

Se não assistiu, assista. Apenas não pire. É ficção apenas.

Conduzindo para a realidade, percebo mais uma vez o quão pouco conhecemos das pessoas que moram na mesma casa que a gente. De longe, somos todos normais. De perto, a realidade é outra. No medo então, nos transformamos. A sobrevivência instiga nossa camada mais profunda, nossos desejos mais obscuros, nossos sonhos pouco realizados.

Transportando para a realidade, observo a influência e a dependência que todos temos da vida virtual e dos aparelhos eletrônicos. Se não houver sinal de internet talvez não haja vida para alguns de nós. 

Desaprendemos a viver sem postar, desacostumamos a encontrar beleza na vida não publicada. Sinal de fumaça, carta escrita a mão, encontros despretensiosos e paciência viraram itens de um passado pré-histórico. O mundo tem pressa, só não se sabe ao certo pra que.

No dia a dia pouco damos atenção aos assuntos do mundo - sabemos sobre a influencer e sua casa nova, mas desconhecemos os caminhos do comunismo. Pouco sabemos sobre os líderes de governo que têm o poder nas mãos. 

Quase nada conhecemos sobre o futuro do mundo - ouvimos as previsões dos videntes, pouco conhecemos sobre a história da humanidade. 

Nossa vida se resume a trabalhar, pagar boleto e se divertir com vídeos das redes sociais. Espero que dê pra viver assim por muito tempo.

E se tudo ficar difícil, assista Friends, sempre. Você será muito feliz.






 
 
 
 
 
 
 
 


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