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Publicado em 15/02/2023

EU, SUBMISSA


A submissa é a mulher que carrega consigo dores do passado e possui necessidade de encontrar um dominador.

Este artigo não trata de religiosidade. Nem de feminismo. Esse artigo fala sobre eu, submissa. Eu, a mulher mestra, mãe dedicada, profissional conceituada, submissa ao meu homem. Eu, que não li o livro da Laura Doyle (Sim, querido. Editora Bertrand, 2002). Eu que não uso a hashtag #tradwife (esposa tradicional). Também não compartilho frase de efeito como  "Tentar ser como um homem é um desperdício para uma mulher".

Eu estou falando de submissão, mesmo. Da mulher maravilha que atrai o sádico que a humilha, dá ordens, explora e fere. Não tem a ver com passar camisa a ferro nem fazer bolo, tem a ver com o prazer da insignificância: você manda e eu obedeço. E obedeço com gosto. Posso lembrar Anastasia Steele, porém na vida real são raros o Christian Grey, com tamanha dedicação e poder aquisitivo. 

Eu, submissa da vida real.

A submissão feminina está ligada ao prazer obtido pela dominação, que estimula e excita, e é uma forma de lidar com o desamparo. O ato de sentir-se inferiorizada remete ao desejo de se libertar de tensões instintivas, internas e altamente perturbadoras. A angústia que a submissa sente é tamanha, que ela se torna dependente do mau trato da outra pessoa para que essa dor seja libertada. 

Submissa é masoquista?

Submissão é dependência. Masoquismo é humilhação. Arrisco afirmar que submissão é entregar sua vida ao outro, e vivê-la conforme sua vontade. Masoquismo, geralmente interligado ao prazer sexual, remete-se a dor. Contudo, dependência, dor e prazer se unem quando a mulher procura no homem a fuga da sua realidade. Não se trata aqui da escrava que fica imitando cachorro atrás do seu dono, pelo contrário, é a mulher ativa e produtiva, que quando chega perto do seu homem passa a viver os desejos dele.

O que falta nessa mulher?

Eu, submissa, bem provável que tenho a autoestima arranhada por algum trauma de infância, ou ainda, sofro da ferida infantil do abandono e rejeição. Eu, submissa cresço, porém não me garanto - eu necessito da garantia de um homem. Sem essa garantia, eu apenas sobrevivo, sem alegria.

Traços de comportamento da eu, submissa.

Isolamento. O isolamento social é característica visível da mulher submissa, geralmente causado por traumas passados; ela opta por viver sozinha para não ser "atacada" de alguma forma.
Falta de atitude própria. Suas necessidades costumam ser menos importantes do que as necessidades do seu homem, por isso ela é influenciada pelas suas decisões.

Dependência emocional. Suas emoções estão condicionadas a outra ou outras pessoas. E aqui vale lembrar que quanto mais ele pisa, mais ela se apaixona. Seu conceito de amor está vinculado ao sofrimento.
Ela foge de conflitos. Para não gerar discussões, ela prefere manter-se neutra e não discordar do seu homem.

Características da eu, submissa.

Como ela não gosta de ser o centro das atenções, ela veste-se de maneira discreta, optando pelo minimalismo e pelo estilo clássico ou casual. Suas cores preferidas são o preto, o off white, o nude em seus diversos tons. Sim, os cinquenta tons de cinza também são aceitos. Sua maquiagem é discreta. Ela geralmente é da área de humanas.
E os homens a reconhecem de longe, principalmente os dominadores.




Redação:

Silvia Delforno, psicanalista. 
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
Sessões on-line e presencial.  
Informações: whatsapp - 11 971182440.




 


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