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Publicado em 16/11/2023

ANA HICKMANN E A VIOLÊNCIA DE CADA DIA


Episódio envolvendo apresentadora e marido traz à tona a violência doméstica contra mulheres


Último sábado a apresentadora registrou o boletim de ocorrência contra seu então marido desde 1998, por lesão corporal e violência doméstica. Por serem pessoas públicas, o caso repercutiu pela mídia.
 
O buraco da violência doméstica é bem mais embaixo e o caso Ana Hickmann acaba somado às estatísticas. A apresentadora alega que seu companheiro de vinte e cinco anos de união, estava na cozinha com ela, o filho e funcionários, quando, no calor de uma discussão entre o casal, teria pressionado Ana contra a parede e logo após, numa tentativa de escapar da situação, ele apertou seus braços. 

As cenas dos próximos capítulos a mídia em massa lhe informará, por aqui vamos conversar sobre agressão e violência verbal.

Tudo começa na rotina, que vira indiferença, que vira vida financeira bagunçada, que vira bebedeira todo final de semana, que vira investidas abafadas no Instagram, que vira desabafo entre amigas, que vira cama separada, que vira ofensas, que vira agressão.

Lamento lhe informar, Ana, mas o episódio não aconteceu no sábado, apenas culminou. Ninguém, em total consciência, agride o parceiro ou a parceira do nada. 

Tudo se inicia lá atrás, quando, "sem querer", alguém falou: "você é burro", "você é feia", "tenho nojo de você", "eu vou fazer bem pior da próxima vez", "eu não aguento mais", "tá pedindo chifre, né", e por aí vai. Geralmente, há questões financeiras e familiares envolvidas, além de várias neuroses.

Toda relação, para perdurar, precisa de diálogo e oxigênio. E muita, muita paciência. Amor não vinga sem paciência. É uma doação diária e é preciso muita maturidade para aceitar que relações se findam, mesmo havendo amor. Pois esse amor adoece e vira possessividade, agressividade, raiva, estresse, imaturidade.

A mulher quando está com problema conversa com a amiga, a manicure, a mãe de santo, o bispo, e talvez procure por terapia (mentira! tem muitas mulheres em terapia sem estar sendo agredida!), já o homem ele vai à terapia de bar, ou trabalha dezoito horas seguidas, faz dos amigos sua família, mora na churrasqueira, na cervejeira e na quadra de futebol. Menos no sofá da sala colocando em pratos limpos as divergências com o companheira. 

Conselhos

No primeiro sinal de agressão, corra. Aprenda a deixar a situação enquanto houver tempo, pois, com toda certeza, essa pessoa já demonstrou que iria partir para a agressão. Dói? Muito, mas aceitar que essa relação precisa de ajuda é sábio. E necessário. Como digo nas sessões, não pague pra ver.

Outra coisa, observe como o homem se relaciona com seus pais - se é uma relação permissiva, que trocam palavrões e insultos, ele, com certeza, reproduzirá esse comportamento nas suas outras relações.

Aprenda a se defender. Aprenda a dizer não. Aprenda a se calar diante de um homem enfurecido, é a sua segurança física que está em jogo. Faça terapia, por você. Por vezes você nem sabe que está se relacionando com um psicopata ou um narcisista, e segue apaixonada com sua dependência emocional.



Redação:

Silvia Delforno, psicanalista.
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".

Sessões on-line e presencial.  
Informações: whatsapp - 11 971182440.









 


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