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Publicado em 10/04/2023

"AMOR, ACABOU". QUANDO O FIM É INESPERADO


O pra sempre, sempre acaba; mas pouco estamos preparados para o fim.

A história se repete.

"Havia problemas, mas não era pra tanto". "Chegamos do mercado e ele me disse que estava terminando e indo embora". "Ela quis japonês, fomos comer e depois ela terminou o namoro comigo". "Ele fez amor comigo, arrumou suas coisas e foi embora, sem olhar para trás". "Ele estava gripado, desligou o celular, eu fui procurá-lo nos hospitais e mais tarde entendi que ele havia me deixado, e não adoecido". "Ele saiu comprar cigarro e nunca mais voltou".

Os relatos acima não são de pessoas que estavam saindo juntos fazia duas semanas, e sim, casais que estavam se relacionando ao menos fazia um ano. Alguns cinco, outros dez. Muitos eram namorados, outros moravam juntos. Todos tentando ser e fazer o outro feliz. Mas um deles não estava feliz e, sem motivo aparente, foi embora.

Alguns fins são anunciados com o tempo, outros com a distância, outros ainda, com a cama fria. Outros, com o olhar distante. Mas alguns fins são inexplicados - quem vai, vai e quem fica, sofre.

Amor, acabou.

Mas como pode o amor acabar assim? Por vezes o amor tomou outros nomes como liberdade. Carreira. Vazio. Desejo. Exterior. Balada. Depressão. Júlia. Ricardo.

Difícil de aceitar, mas muitos términos acontecem no amor. "Eu amo você, mas preciso ir. Preciso ir porque já não me encontro na nossa relação. Preciso ir porque sinto uma angústia no meu peito e não consigo mais disfarçar. Eu preciso ir em busca de mim".

Quem fica se isola, quem fica se culpa. Mesmo sabendo que amar por dois não vale a pena e que o amor é tão livre que não há o que questionar - foi bom enquanto durou.

Mas, e os planos de viagens, noivado, casamento, casa nova e filho que sempre eram assuntos na mesa do jantar? Esses planos foram tomados pela falta de comprometimento. Pela insegurança. Pela falta ou excesso de amor-próprio. Pela imaturidade.

"Mas eu tenho certeza de que ela ainda gosta de mim". Sim, ela pode até gostar, mas junto a você ela já não encontrava paz. Por isso partiu. Sim, ele gosta de verdade de você, mas estava sedento por novos corpos e não conseguiu segurar seus instintos.

Quem fica, passará pelas fases do luto. Se preciso, deverá procurar respaldo psicológico para ter com quem conversar e se aconselhar. O acolhimento familiar e dos amigos é primordial nesse momento, mas sozinho também sobrevive. Pode ser um curto ou um longo período: cada pessoa é um universo e cada dor é única. Apenas tenha em mente que o luto não é eterno e que o tempo não para pelo coração partido. 

É preciso ter força e decidir a hora de parar de sofrer, não necessariamente esquecendo ou bloqueando a pessoa que se foi, e sim, ressignificando o luto e voltando a vida, mesmo que aos poucos. Com o tempo, o amor toma o lugar de passado e ou saudade. Pode haver volta? Sim, mas a vida é curta para esperar o amadurecimento do outro, que pode nem ocorrer.

Amor é coisa de gente adulta. Não há como julgar os sentimentos de uma outra pessoa, mal damos conta dos nossos. A verdade é que o tempo do amor transcende o tempo real - às vezes uma semana vale uma vida, e vinte anos podem não valer nada.

Ame, mas mantenha os pés no chão. Até porque numa próxima relação você pode partir e deixar um coração partido.

Afinal, o amor é livre.



Redação:

Silvia Delforno, psicanalista. 
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
Sessões on-line e presencial.  
Informações: whatsapp - 11 971182440.




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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