A terapia on-line, foi reformulada e autorizada pela publicação da resolução do CFP (Conselho Federal de Psicologia) 011/2018, e nos novos tempos, está se intensificando. Por um lado essa modalidade, traz aceitação e comodidade na continuidade dos tratamentos existentes, mas ainda surge o desconhecimento e resistência.
A busca da terapia de maneira geral, ainda é incompreendida. Falar de si com alguém desconhecido é complexo, sensações e opiniões divergem de pessoa para pessoa, tudo que é novo no início pode ser assustador. Tanto o presencial quanto o atendimento on-line provocam expectativas.
Na busca de ajuda, tem pessoas que por estarem acumulando situações, falam desenfreadamente no primeiro encontro e se surpreendem. Importante sentir que existe esse espaço para manifestar desejos, dificuldades, angústias, medos muitas vezes nunca manifestados, ou compreendidos até mesmo por quem sente.
O psicólogo mantém a neutralidade, sigilo, profissionalismo no atendimento presencial ou usando a tecnologia. O processo terapêutico exige confiança, empatia, para que se torne um vínculo, que chamo de trabalho de parceria, quanto mais o paciente expõe sua história, melhor a condição do terapeuta promover recursos para o equilíbrio. Cada relato é um pedaço de um quebra-cabeças que vai se montando.
Dentre os inúmeros benefícios que a terapia on-line pode trazer, podemos destacar que independente da localização, o atendimento pode ocorrer. Se antes o tempo disponível, era um agente complicador, passa a ser aliado para algo anteriormente adiado.
Pessoas que moram em qualquer cidade ou país, precisam muitas vezes de apoio para se adaptar, na falta dos familiares e amigos, pode acontecer um vazio difícil de superar. Procrastinar um tratamento, pode significar uma gravidade da situação, o mais adequado é um trabalho preventivo, o passo inicial é constatar, compreender o que de fato traz conflitos e aflições, minimizar e até dependendo de cada caso, eliminar questões vivenciadas com sofrimento e dor.
Outras inúmeras dificuldades como deslocamentos para cadeirantes, acamados, quem não consegue sair de casa com síndromes impeditivas como pânico, obesidade mórbida, quem viaja a trabalho frequentemente e outras dificuldades que possam ser equacionadas, com a possibilidade da terapia on-line.
Querer resolver questões sozinho ou apenas com amigos, podem trazer confusões. A ajuda profissional é diferente no sentido de ouvir, acolher e compartilhar. Conflitos nas relações conjugais, sociais, profissionais, dificuldades financeiras, medos ansiedades, doenças crônicas, são alguns dos muitos motivos pela procura.
A condição de poder fazer os encontros terapêuticos no horário mais adequado e flexível, no conforto de seu lar ou outro espaço escolhido pelo paciente inclusive em finais de semana, também passa a ser um atrativo, um plus para a decisão de optar pela terapia on-line.
No atendimento presencial, muitos pacientes ficam inibidos em esperar na recepção com outros, nesse caso, o atendimento on-line também é mais privativo. Os rótulos colocados pela busca da terapia que ainda hoje é estigmatizada, aos poucos está se desmistificando. Fazer terapia não é para quem é louco e sim para quem quer se conhecer, se equilibrar.
Iniciar um processo terapêutico exige paciência, comprometimento, vão existir momentos difíceis que serão contornados, costumo dizer que tudo acontece no tempo certo, importante entender e ressignificar tudo aquilo que estiver mal resolvido em cada história. A terapia on-line é uma opção por tudo que já foi mencionado, veio para facilitar e ficar, os tempos estão mudando, vamos nos curvar a tecnologia?
Claudete J. Silva Colunista de Saúde e Comportamento
Psicóloga Especialista em Clínica e Psicossomática
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