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Publicado em 29/04/2014

SÍNDROME DO PÂNICO


Olá! Hoje irei abordar um tema reconhecido e vivido por uma grande parte da população: a Síndrome do Pânico, caracterizada por uma ansiedade exacerbada que leva a fortes crises e muitas vezes afastamento ou suspensão de atividades rotineiras.

A ansiedade é um estado emocional natural utilizado para se proteger de perigos ou para organizar o futuro. Porém, quando se torna uma sensação exagerada de desconforto e paralisa as atividades pessoais, sociais, profissionais, torna-se uma patologia e deve ser tratada.

As pessoas que sofrem desse mal, costumam mencionar que do nada surge o pânico porém, questões acumulativas e de difícil resolução podem disparar crises inesperadas - durante qualquer atividade cotidiana ou após um episódio traumatizante, um acidente grave, perda de um ente querido, sequestro, assalto, dentre outros.

Uma das principais características da síndrome do pânico são crises súbitas sem fatores desencadeantes aparentes. Somente um profissional estudando profundamente cada caso é que poderá fazer uma melhor avaliação, cada caso é específico e não se pode generalizar.

As mulheres são mais atingidas do que os homens e costumam ser pessoas produtivas com muitas sobrecargas profissionais e emocionais, são pessoas extremamente exigentes consigo mesma e com os outros.

O perfeccionismo é uma característica muito presente em pessoas que apresentam esse quadro. São pessoas que tem dificuldade em conviver com imprevistos, necessitam constantemente da aprovação dos outros e sentem-se pressionadas o tempo inteiro.

Os inúmeros sintomas e sensações descritas por quem possui esse quadro, costumam ser dramáticas. Aflições ligadas a dor e pressão no peito, taquicardia, sudorese, tonturas, contrações, sensações de desmaio, perda de controle, sensações de frio, medo de morrer, estar em ambientes fechados, elevadores, lugares com multidões.

Nessas circunstâncias podem ocorrer o desenvolvimento de fobias, ou seja, comportamentos repetitivos que não são compreendidas por quem as vivencia. São impulsos incontroláveis e inexplicáveis, como lavar excessivamente as mãos, desligar várias vezes a torneira do gás, retornar várias vezes para verificar se a porta está fechada, dentro muitos outros rituais.

Dentre as fobias mais comuns, são as fobias sociais, crises de ansiedade que surgem em apresentação em público, reuniões e discussões com superiores ou qualquer episódio em que a pessoa se sinta exposta, observada e avaliada. Algumas pessoas desenvolvem inúmeros medos: de objetos, insetos, animais, ou medo de viajar de avião, dentre outros.

No relato de pessoas portadoras da síndrome do pânico, surge com unanimidade o fato do medo do medo, ou seja, um constante receio que a crise retorne tomando conta de sua mente e corpo , que parecem não mais obedecer ao seu comando.

A utilização de alguns medicamentos ou substâncias químicas podem aumentar as sensações de ansiedade e medo e gerar também a síndrome do pânico.

Existem vários mitos e interpretações errôneas por desconhecimento e falta de informação. As pessoas acabam se prendendo nas crenças populares, tirando conclusões precipitadas e tendo receio de procurar um profissional e tirar dúvidas. A pessoa portadora da síndrome do pânico sente-se constrangida, inadequada e diferente das demais. Muitas vezes passa a desenvolver raiva de si própria por não conseguir comandar seus próprios atos e ter que abdicar de coisas que antes fazia naturalmente.

Normalmente essas pessoas passam por inúmeros especialistas e exames que não conseguem diagnosticar as causas. Consequentemente, muitos acabam sendo tratados de maneira incorreta. Nesses casos, muito se afastam da possibilidade de procurar ajuda. Sofrem e convivem com o sofrimento como se este passasse a fazer parte de sua vida.

Levando-se em conta que as crises costumam surgir sem causa aparente, torna-se difícil uma prevenção. É importante ter o acompanhamento junto a profissionais da área de saúde, um psicólogo ou psiquiatra, ou ambos dependendo de cada caso.

É importante e necessário que os familiares sejam esclarecidos para que possam dar apoio, compreensão, incentivo, para que o tratamento seja iniciado e mantido. Costuma ser muito comum ocorrer o contrário, ou seja, as pessoas da própria família interpretarem as crises como frescura, maluquices, desmerecendo totalmente o sofrimento que está sendo vivenciado ficando tudo mais difícil de resolver.

A busca do tratamento não será bem sucedida se não houver uma manutenção pelo período que os profissionais envolvidos determinarem. Ao observar melhoras, muitas vezes o paciente tende a achar que é suficiente e abandona o tratamento pondo a perder etapas que já conseguiu superar.

O portador da síndrome do pânico possui muita dificuldade de se conscientizar e se deixar ajudar. Por sofrer em demasia, não consegue acreditar que aos poucos poderá se reabilitar e retomar a sua vida. Sempre quer algo que resolva de imediato suas aflições.

Buscar ajuda é imprescindível - profissionais particulares ou órgãos públicos para quem não possui recursos. Trata-se de priorizar a situação, ter novas perspectivas, ou seja, transformar uma situação que parece não ter fim.

Durante o tratamento, podem ser agregados terapias alternativas como exercícios físicos prazerosos, acupuntura, yoga, massagens, natação ou qualquer outra atividade que proporcione relaxamento e bem estar.

Cabe a cada um se responsabilizar pelas suas escolhas e qualidade de vida, experimentar transformações e mudanças pode ser um grande desafio, basta agir e acreditar!

Dúvidas e ou sugestões, entrem em contato, fico a disposição.

Abraço!


Claudete J. Silva Colunista de Saúde e Comportamento
Psicóloga Especialista em Clínica e Psicossomática
Tels: (11) 5594-2639 | (11) 99626-4832



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