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Publicado em 13/07/2015

CLAUSTROFOBIA:

UM MEDO QUE PODE SER ENFRENTADO

Hoje abordarei um tema que causa uma profunda angústia e gera muitos medos: a claustrofobia - o medo exacerbado diante de algumas situações específicas.

Podemos destacar as mais comuns e corriqueiras, como o medo de avião, elevador, trens, locais fechados. A realização de exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética também costumam ser apontados como grandes causadores do pavor nos claustrofóbicos.

A claustrofobia geralmente é confundida com outro distúrbio denominado agorafobia, que acontece quando a pessoa se encontra no meio de multidões, mas em espaços abertos. Ocorrem sensações de aprisionamento sem possibilidade de fuga, gerando pavor. As pessoas se sentem como se ficassem paralisadas, sem ação, tomadas pelo desespero.

Em ambas, o medo exacerbado está presente o tempo inteiro. Importante salientar que o sentimento de medo é benéfico enquanto proteção da sobrevivência, sem ele a pessoa ficaria totalmente exposta à situações de risco.

O que torna o medo patológico, é quando ele torna-se impeditivo, incapacitante, comprometendo de forma relevante a vida pessoal, profissional, familiar e afetiva da pessoa que o sente; que é o caso da claustrofobia.  

A claustrofobia pode estar presente em qualquer classe social ou sexo. Porém, é mais encontrada no sexo feminino. Muitas outras patologias podem ir se associando a claustrofobia caso não seja tratada como a síndrome do pânico e a depressão.

Os sintomas são: tremores, taquicardia, secura da boca, palidez, sensações de desmaio, zumbido no ouvido, sudorese, náusea, confusão, desorientação, calafrio, dor de cabeça, tontura, entre outras desagradáveis sensações, podendo atingir o ápice com o medo de morrer.

Qualquer situação que implique em confinamento torna-se desesperadora e a qualidade de vida torna-se profundamente comprometida. Essas manifestações são sofridas e desgastantes, muitas pessoas com claustrofobia se envergonham de si por não terem como controlar essas situações.  

As pessoas que se enquadram nesse contexto se retraem, se isolam por conta do constrangimento que passam durante as crises. Podem se privar de muitas possibilidades e costumam se afastar das situações que causem pavor e medo. Com isso, podem ser profundamente prejudicadas. Se afastam de familiares, amigos, viagens, evitam dirigir seu veículo, etc.

Embora muitas situações descritas pelas pessoas claustrofóbicas possam ser muito parecidas, a forma como a claustrofobia afeta cada uma é diferente, dependendo do histórico de vida de cada um e o contexto que se encontra. As causas são múltiplas, é preciso uma investigação mais profunda com a ajuda de um profissional.

O tratamento implica em psicoterapia e dependendo da intensidade e o quanto isso esteja interferindo na vida de quem sente, pode existir a necessidade de se fazer um acompanhamento paralelo medicamentoso, administrado por um especialista.

O mundo atual exige cada vez mais que no dia a dia se faça deslocamentos que utilizam aviões, trens, elevadores e outros meios que causam tanto pavor em quem sente o desconforto da claustrofobia. A angústia, o medo está presente o tempo inteiro, comprometendo possibilidades e opções.

Então, nesse momento, proponho a reflexão do quanto a claustrofobia pode estar sendo um impedimento emocional que pode trazer um custo muito alto para quem sente. Investir em si no sentido de buscar ajuda e saber que é possível viver melhor, é condição imprescindível para transpor essa barreira.

Normalmente as pessoas costumam dizer que é claustrofóbica e não que está claustrofóbica, ou seja, o dizer que “é”, já nos reporta a uma questão de permanência, sem condição de mudança, como se ela tivesse nascido e fosse morrer com esse mal.

Muitas pessoas desconhecem completamente que existem recursos para que essa questão seja identificada e adequadamente tratada. Sentem-se frustradas por não ter controle da situação, imaginam serem fracas e impossibilitadas diante das situações.

Temos que pensar também nos familiares e quem tem um relacionamento afetivo com pessoas portadoras de claustrofobia. Muitas não sabem como agir, outras classificam e culpam sem tentar entender e apoiar quem passa por tamanha dificuldade.

Imagino que inúmeras pessoas possam nesse momento estar bloqueando seus potenciais em virtude de acharem serem portadores de um mal irreversível, aterrorizante, e destruidor.

Faça uma pausa e reflita sobre o custo que tudo isso implica. Acredite e invista em você e uma vida mais saudável, com possibilidades de vitórias e conquistas.

Até a próxima!

Fico a disposição, para dúvidas, opiniões e/ou sugestões,

Forte abraço!

Claudete J. Silva Colunista de Saúde e Comportamento
Psicóloga Especialista em Clínica e Psicossomática
Tels: (11) 5594-2639 | (11) 99626-4832




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