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Publicado em 24/07/2013


A ESTRELA DO INVERNO



Era uma vez um frade bem pobre, que andava por terras distantes, em peregrinação, mas sentia muita vergonha de esmolar comida.

Um dia em que estava com muita fome, resolveu enfrentar seu acanhamento com uma estratégia.

Chegou a uma casa e, humildemente, pediu aos donos que lhe emprestassem um tacho para ele preparar uma refeição mágica, que chamou de “sopa de pedra”. E tirou do seu bornal uma bela pedra, lisa e bem lavada. Os donos da casa, curiosos, deixaram o frade entrar para a cozinha e deram-lhe um tacho.

O frade colocou o tacho no fogo com a pedra e bastante água, mas logo disse que era preciso temperar a sopa... A dona da casa deu-lhe sal, mas ele sugeriu que seria melhor se fosse um bocado de gordura de porco.

Quando o caldo estava a ferver, o frade perguntou se não tinham qualquer coisa para engrossar a sopa, como batatas, cenouras ou feijão que tivessem restado da refeição anterior. E assim foi feito.

No final, todos comeram a sopa, o frade aplacou sua fome e os donos da casa elogiaram o sabor como a melhor sopa que conheceram.

Então, o frade retirou cuidadosamente a pedra da panela, lavou-a e voltou a guardá-la no seu bornal... para a sopa seguinte, em sua próxima parada.

Assim nasceu uma das mais famosas receitas de sopa. Com ingredientes originais ou adaptados, a mistura tornou-se um prato típico de várias culturas, em especial a da culinária de Almeirim, cidade de Portugal, até hoje considerada a "capital da sopa da pedra".

É um prato consistente e rico, que serve como refeição completa, uma fonte de proteínas e de vitaminas, porque é preparado com carnes, feijão, couve, batata, cenoura e quantos outros legumes quiser aproveitar.


Tradicionalmente, coloca-se uma pedra, bem lavada, no fundo da panela desta sopa e a pessoa a quem calhar a pedra torna-se responsável pela organização do próximo jantar.



O PREPARO NATURAL É MAIS SAUDÁVEL


A maior parte das sopas é de baixo custo, de preparo simples e de fácil digestão, porém muito nutritivas. Auxiliam nos regimes alimentares de controle de peso e são uma excelente estratégia para assegurar que crianças pequenas e idosos ingiram legumes e água.

Não foi à toa que a sopa incorporou-se ao cardápio da civilização, ganhando forma e criatividade no decorrer dos séculos. Por ser uma refeição nutritiva e energética, ao longo do tempo tornou-se indispensável para todos os povos, especialmente os de clima frio.

No frio, o corpo gasta mais energia para manter a temperatura normal e equilibrada. Consequentemente, precisamos de mais comida para gerar essa energia. E a solução ideal nessa época são as sopas, que ajudam a aquecer e podem ser uma refeição nutritiva e energética, além de deliciosas, conforme a criatividade de quem as prepara.

Leves, nutritivas, práticas ou sofisticadas, há vários tipos de sopas que podem ir além de uma refeição saborosa. Com uma composição correta de ingredientes, podem trazer diversos benefícios à saúde, como reposição de nutrientes e auxílio na perda ou ganho de peso, por exemplo.

No entanto, as sopas mais saudáveis são as feitas na hora, com preparo natural.

As industrializadas contêm conservantes, aromatizantes, flavorizantes e todos os “antes” que fazem muito mal a nossa saúde. Essas sopas esquentam, mas suas calorias são vazias, porque não têm proteínas nem vitaminas.

É verdade que em nosso corre-corre diário é bem mais fácil preparar uma sopa em 5 minutos do que investir 20 cozinhando carnes e legumes. Mas, para aproveitar a sopa como uma integrante valiosa de sua saúde e na de seus familiares, um pouco de esforço vale a pena, você não acha?



EXPERIMENTE


A sopa de cebola do Ceagesp, que foi sucesso nas décadas de 1960 e 1970, e agora volta a encantar adeptos no período de maio a agosto.

No início, o prato era servido para comerciantes atacadistas, seus empregados e clientes, por um restaurante que funcionava no entreposto. Mas agradou tanto que ganhou fama também fora dos portões da Ceagesp.

Naquela época, não havia opções de locais para comer durante a madrugada. E o entreposto da Ceagesp virou um ponto de encontro dos boêmios que apareciam de madrugada para recuperar as energias e se aquecer com a sopa de cebola.

O restaurante que servia a sopa de cebola fechou em meados dos anos 1980, mas a lembrança do prato permaneceu na memória de quem viveu naquela época.

Por isso é que, em 2009, quando a Ceagesp completou 40 anos e comemorou com um Festival de Sopas que incluía a sopa de cebola, o sucesso foi imediato.

Servidas em formato de bufê, o evento das sopas se consolidou em 2012, com grande aprovação por parte dos frequentadores.

Hoje, muitos trazem a família e amigos para aproveitar os sabores oferecidos semanalmente junto com a mais famosa sopa de São Paulo.

(confira a programação antes de sair de casa)


Rosangela Cappai
Colunista de Gastronomia
www.restaurantetiziano.com.br
Com redação de Marília Muraro
marilia.escrita@gmail.com




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