CONSERVA DE MOLHO DE TOMATE
Cozinhando em Casa
Quem se interessa por uma alimentação saudável, sabe que é melhor consumir os alimentos em sua época de safra, porque crescem de forma mais natural, dispensando o uso excessivo de agrotóxicos e fertilizantes.
Foi por esse motivo que esta coluna do Portal Vila Mariana, desde sua primeira matéria, passou a oferecer a seus leitores, permanentemente, uma fonte confiável de dados de safra e montada de forma interativa, para facilitar uma consulta rápida (confira, seguindo o link: Tabela de Safras do Ceagesp).
No entanto, neste universo gastronômico de hoje, altamente industrializado e com uma oferta enorme de alimentos enlatados, ensacados em plástico laminado, cartonados e congelados, consumir alimentos de época nem sempre é uma tarefa fácil.
Pode não ser fácil, mas não é impossível. Um recurso antigo, bastante usado na época do fogão a lenha, pode tornar-se seu companheiro na cozinha, tornando possível o consumo de alimentos naturais fora de sua época de safra.
Estamos falando da conserva caseira.
Por definição, "conserva" é o termo genérico utilizado para vários tipos de alimentos submetidos a processos industriais com o objetivo de prolongar a sua vida útil.
Compotas, geléias, patês, picles, chutneys, relishes, molhos, maionese... tudo isso é conserva.
No mercado, atualmente existe uma enorme variedade de produtos e formatos de conservas, permitindo ao consumidor desfrutar desde as mais tradicionais (tomate, sardinha, atum, ervilhas) até delicadezas gastronômicas prontas para serem degustadas, como champignons fatiados em azeite, fundos de alcachofra ou um vinagrete ao mel.
Mas leia bem seus rótulos. Acidulantes, conservantes e outros “antes”, e sódio, invariavelmente um alto teor de sódio, em geral estão presentes nas conservas industrializadas... e vamos combinar: não são uma opção saudável para se ingerir todo dia.
Daí eu me lembrar das conservas caseiras. Podem ser preparadas a partir de quase todos os ingredientes, na forma de doces ou de salgados e também de molhos.
O tomate, por exemplo, tem sua safra mais natural nos meses de novembro e dezembro. Nessa época, estão no auge suas propriedades fornecidas pela mãe natureza:
• É fonte de água, potássio, betacaroteno e vitaminas C e E • Tem baixo valor calórico; 19 kcal a cada 100g • Contém vitamina C e vitamina A • É rico em licopeno, um dos antioxidantes naturais mais poderosos
Então, se você preparar, de novembro a dezembro, uma boa quantidade daquele molho de tomate de sabor especial, que só você sabe fazer e que não encontra igual em nenhuma caixinha, lata ou saco laminado, terá as propriedades saudáveis desse fruto garantidas até a próxima safra.
Além de estar colaborando para com a saúde do planeta, vai deixar de usar e descartar recipientes pouco degradáveis, que nem sempre vão para uma coleta seletiva e para uma reciclagem.
Melhor ainda: poderá reaproveitar potes de vidro que guardou para um eventual descarte, fazendo sua própria reciclagem em casa. No meu restaurante eu sirvo molho de tomate fresco todos os dias, mas vale a pena, porque a quantidade que preparo é grande e tenho funcionários para fazer isso.
Como em casa a situação é diferente, vou lhe ensinar fazer a conserva, para que você tenha à mão, em sua despensa, um molho de tomate saudável... e exclusivo.
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