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Publicado em 18/09/2013


ALIMENTAÇÃO FORA DE CASA

PAIS E FILHOS


É possível os filhos alimentarem-se bem fora de casa?

Hoje em dia, está cada vez mais raro preparar refeições em casa.

Seja por falta de tempo, nas grandes metrópoles, que impõem uma correria danada nos deslocamentos do dia a dia, ou mesmo em pequenas cidades, por ajustes na rotina familiar para adaptar-se a uma nova escala de valores.

O fato é que a organização social básica do brasileiro substituiu as tarefas de preparar refeições em casa para destinar um tempo maior às atividades profissionais e sociais do atual sistema capitalista, eletrônico e cibernético.

Uma mudança de valores desse porte levou muitas famílias a desenvolver o hábito de comer fora. E, para atender a essa demanda, padarias e cantinas de escolas passaram a oferecer mais opções de sanduíches e proliferaram lanchonetes com variados tipos de refeição rápida, no estilo fast food, importado da cultura norte-americana.

Então, as crianças que estudam longe de casa, passaram a comprar na cantina da escola um salgadinho e um refrigerante, no máximo um suco de fruta, ou sanduíches de carne e queijo gordo, duas opções altamente calóricas e com pouco nutrientes.

Para as bem pequenas, uma forma de garantir a boa alimentação dessas crianças é mandar a lancheira já pronta e não dar o dinheiro para ela comprar o que quiser. Assim, no lugar de refrigerantes, você pode incluir um suco; trocar refinados e recheados por pães e biscoitos integrais; no lugar de chocolates e guloseimas, acrescentar frutas e barrinhas de cereal.

Para os mais velhos, os restaurantes self service a quilo têm sido a opção mais saudável para comer fora de casa, porque oferece pratos para paladares diversos, verduras frescas e sucos naturais. Nesse tipo de restaurante, portanto, você e o seu filho podem escolher os alimentos que irão compor o seu prato.

Estaria, então, resolvida a questão de alimentar-se bem fora de casa, buscando, pais e filhos, almoçar em restaurantes por quilo?

Na verdade, não. Porque comer bem fora de casa exige desenvolver a habilidade de escolher alimentos, o que, convenhamos, não é uma tarefa fácil diante do aroma e aparência de muitos pratos.

Além disso, o conceito de alimentar-se bem para alguns ainda está confuso. Por exemplo, há pessoas que ainda acreditam em obrigar a si ou a seu filho a deixar de comer tudo o que gosta e passar a alimentar-se apenas de frutas, verduras, legumes e cereais estranhos ao universo de cada um.

E não é bem assim; nossa alimentação deve ser sempre prazerosa; deve trazer-nos nutrientes e sabores; agradar os olhos, o olfato e o paladar enquanto atende às necessidades do organismo.

Alimentar-se bem significa aprender que se pode comer de tudo, só que de forma equilibrada com o próprio organismo e adequada às atividades rotineiras de cada um. Diante das ofertas de um restaurante self service, significa fazer do próprio prato uma fonte de nutrientes adequada ao organismo de cada pessoa e evitar excessos, ou comidas que, embora apetitosas, possam ser prejudiciais à saúde.


Uma boa maneira de acertar na escolha é colocar comida no seu prato seguindo aquelas regrinhas básicas: uma porção de cada grupo alimentar (proteínas, carboidratos, vitaminas) e evitar excesso de óleos, gorduras e açúcar.

No meu restaurante, quando fico atendendo na balança, tenho um posto privilegiado de observação de hábitos alimentares. E posso notar que a capacidade de alimentar-se bem tem se desenvolvido bastante entre os fregueses. Uma evolução bastante positiva, em minha opinião.

Além disso, eu noto, hoje em dia, e quero aqui ressaltar, mais uma mudança de hábitos que considero bastante saudável. Está acontecendo entre crianças e adolescentes que estudam por perto e aqui vêm almoçar como parte de sua rotina diária longe de casa, mas permitida e incentivada por suas famílias.

Muitos ainda compõem seu prato apenas com arroz, feijão, bife e batata frita. Mas está crescendo o número de alunos que vejo incluírem em seu prato alguns vegetais, como a beterraba, cenoura e, eventualmente, até alguma verdura.

E quando isso acontece, fico satisfeita em poder reforçar as escolhas desses alunos com uma observação positiva, que, espero, colabore com as famílias para o desenvolvimento da habilidade de seus filhos de alimentar-se bem fora de casa.



Rosangela Cappai
Colunista de Gastronomia
www.restaurantetiziano.com.br
Com redação de Marília Muraro
marilia.escrita@gmail.com


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