Berta Loran / Theatro Net
Ex-integrante da Escolinha do Professor Raimundo, a polonesa Basza Ajs veio morar no Rio de Janeiro aos 11 anos, ingressou no teatro três anos depois e adotou o nome artístico de Berta Loran, por sugestão de seu pai, no começo da década de 1940. Iniciou a carreira se apresentando em clubes da comunidade judaica. Aos 19 anos, mudou para Buenos Aires, onde morou durante dois anos. Depois retornou ao Brasil no início da década de 1950.
Na televisão, fez sua estreia no programa Espetáculos Tonelux, na TV Tupi. Estreou no cinema em 1955, no período das chanchadas brasileiras, no filme de Watson Macedo: Sinfonia Carioca. Nos dois filmes seguintes, Papai Fanfarrão e Garotas e Samba, foi dirigida por Carlos Manga.
Em 1966, quando trabalhava na TV Tupi, foi convidada por Boni para trabalhar na Rede Globo, no programa Bairro Feliz. No mesmo ano, atuou em outro humorístico da emissora, Riso Sinal Aberto, exibido até fevereiro de 1967. No ano seguinte, atuou em Balança Mas Não Cai. Entre 1970 e 1973, participou do programa Faça Humor, Não Faça Guerra; entre 1974 e 1975, do Satiricom; e entre 1976 e 1982, do Planeta dos Homens, ao lado de Jô Soares.
No ano de 1978 voltou a fazer filmes, sendo três no mesmo ano: Como Matar Uma Sogra, O Golpe Mais Louco do Mundo e O Amante de Minha Mulher.
Integrou o elenco fixo de Viva o Gordo em 1981 e participou da segunda temporada de Balança Mas Não Cai, entre 1982 e 1983. No mesmo ano, atuou no humorístico A Festa É Nossa. Em 1984, surpreendeu público e crítica com sua performance de atriz de telenovela, em Amor Com Amor se Paga, de Ivani Ribeiro, em que faz dobradinha com Ary Fontoura. Também fez parte do elenco e Humor Livre.
Em 1991 passou a trabalhar nos programas de Chico Anysio, primeiramente em Estados Anysios de Chico City, em seguida em Escolinha do Professor Raimundo (em que interpretava a imigrante portuguesa Manuela D’Além-Mar) e, finalmente, em Chico Total. Na segunda versão da Escolinha do Professor Raimundo, em 2001 interpretou a judia Sara Rebeca. Em 2004 novamente fez uma personagem portuguesa: Maria, contracenando com Agildo Ribeiro, no papel de Manuel.
Em 2004 atuou na peça Ainda Estou Aqui!, onde homenageou o humorista Costinha. Dois anos depois, integrou o elenco do filme Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella.
Depois de 25 anos sem fazer uma novela completa, Berta Loran esteve na novela Cama de Gato, como uma interna de asilo para idosos, chamada Loló. Seu par romântico foi Luiz Gustavo.
Em 2010, teve participação especial na refilmagem da novela Ti Ti Ti, como a Dona Soledad. Em 2011, foi o papel da Rainha-Mãe Efigênia, em Cordel Encantado, mãe do Rei Augusto de Seráfia (Carmo Dalla Vecchia) e Duque Petrus (Felipe Camargo).
Participou de dezenas de peças de teatro, a mais recente foi Pais Criados, Trabalhos Dobrados, de Moacyr Veiga, em 2008.

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