A Cinemateca Brasileira apresenta, a partir de novembro, uma ampla retrospectiva do Cinema Marginal Brasileiro. A reedição da mostra Cinema Marginal Brasileiro e suas fronteiras, apresentada em 2012, na Cinemateca Portuguesa, com curadoria de Eugênio Puppo. Contará com exibições de produções brasileiras dos anos 1960 e 1970.
Programação de 15 de dezembro de 2013, domingo
19h00 - Bang bang
21h00 - Curtas Marginais IV | Bethânia bem de perto | Eu sou vida, eu não sou morte | O Guru e os guris | Contestação | Céu sobre água
Fichas técnicas e sinópses
Bang bang, de Andrea Tonacci
São Paulo, 1971, 35mm, pb, 80’
Paulo César Pereio, Abrahão Farc, José Aurélio Vieira, Ezequias Marques
“Homem-macaco” é perseguido por uma quadrilha de criminosos bizarros neste filme policial satírico, estruturalmente livre, rodado na provinciana Belo Horizonte dos anos 70. Repleto de referências, Bang bang destina à câmera uma autonomia explosiva que a faz personagem.
Não indicado para menores de 14 anos
Bethânia bem de perto, de Júlio Bressane e Eduardo Escorel
Rio de Janeiro, 1966, 35mm, pb, 11´
Jards, Macalé, Edson Machado, Pedro das Flores, Caetano Veloso, Annecy Rocha
Maria Bethania entrou para o rol das grandes cantoras brasileiras em 1965, no show teatral Opinião, apresentando-se ao lado de Zé Ketti e João do Vale. O filme registra o primeiro show da cantora no Rio, realizado na boate Cangaceiro, após sua consagração como intérprete da música Carcará.
Não indicado para menores de 10 anos
Eu sou vida, eu não sou morte, de Haroldo Marinho Barbosa
Rio de Janeiro, 1970, 35mm, cor, 14´
José Wilker, Renato Machado, Maria Thereza Medina
Adaptação da peça teatral Qorpo Santo, eu sou vida, eu não sou morte. Não há cenário, além das paredes da locação e as atuações são não-naturalistas e desdramatizadas. O filme lida com a batalha entre os instintos de vida – a liberdade, o amor, as livres associações, a impropriedade – e os de morte – o Direito, a Natureza e a Religião.
Não indicado para menores de 10 anos
O Guru e os guris, de Jairo Ferreira
São Paulo, 1973, 35mm, pb, 11´
Maurice Legeard, Herédia, Eduardo, Carlinhos, Kolhy.
Jairo Ferreira encontra na figura de Maurice Legeard a estratégia para falar da paixão pelos filmes. Dirigindo o Clube de Cinema de Santos, um dos mais antigos do país, Legeard encara o cineclubismo como uma maneira de aglutinar filmes, pessoas e idéias ao seu redor - seja na sala de cinema ou numa mesa de bar.
Não indicado para menores de 16 anos
Contestação, de João Silvério Trevisan
São Paulo, 1969, 35mm, pb, 15´ | Exibição em HDCAM
Remontagem do curta de estreia do diretor, O&A, o filme é uma colagem de imagens de jornais, impressos e televisivos que trazem imagens de confrontos de jovens com a polícia de diversos países, contextualizando o auge do período da contracultura mundial.
Não indicado para menores de 14 anos
Céu sobre água, de José Agrippino de Paula