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Publicado em 11/11/2016



DESVELANDO O INCONSCIENTE:

DO MITO DE PLUTÃO À PSICANÁLISE



É comum ocorrer, na História da Civilização, descobertas científicas que se tornam símbolos de um Novo Tempo, pois trazem uma nova visão, ou uma forte expressão de mudança. 

A descoberta astronômica de Plutão, em 21 de janeiro de 1930, é um exemplo. Planeta que passa ao status de regente do signo de Escorpião. Responsável pelos processos de morte e transformação, pelo inconsciente profundo e se traduz numa poderosa energia psíquica.

Na descoberta, ele transitava no signo de Câncer, ligado com a pátria, os povos, as tribos, a família, as clãs, o senso de pertencer. Uma profunda crise econômica, e um enraizado e radical nacionalismo tomou conta do planeta e acabou nos conduzindo a Segunda Guerra Mundial.

Segundo Jung, vamos armazenando e escondendo, no mundo das sombras, o que não queremos ver ou reconhecer, como nosso, e não estamos dispostos a mostrar aos outros. É o enigmático mundo do inconsciente. 

Na Mitologia, esse lugar se chamava Tártaro, para onde eram enviados, todos aqueles que ousavam enfrentar, ofender ou desafiar o Olimpo (a morada dos deuses, o símbolo máximo do Poder). 

Jung, no entanto, reconhecia a potência positiva do inconsciente e também, que o nosso medo de trazê-la à luz, impedia que pudéssemos desfrutá-la. Esses tesouros subterrâneos estão associados a Plutão (que significa riquíssimo) também chamado de Hades, que reinava absoluto e solitário no reino dos ínferos. Invisível, temido por deuses e humanos, (sequer o seu nome, pronunciavam). Suas imagens eram uma transposição da figura do seu irmão Zeus, o deus máximo do Olimpo, o que já demonstrava o seu poder, embora não fosse cultuado em templos.

 A Psicanálise de Freud foi um dos marcos mais importantes nesse período do séc.XX, e, a partir daí, impregnou a civilização moderna, inclusive o próprio Capitalismo. Nada lhe escapou. Nem a religião. Ela propiciou uma espécie de fio de Ariadne, para descermos na caverna, encontrarmos o nosso Minotauro e voltarmos sãos e salvos. Enfrentando nossos tabus, superstições, preconceitos, vindos, ou do inconsciente coletivo (raça, cultura, antepassados) ou do nosso próprio inconsciente pessoal. Ela iluminou a sombra, e a integrou, mais naturalmente, com nossos potenciais, até então ocultos ou inacessíveis. 

A passagem de Plutão, pelo signo de Leão, corresponde a ascensão e a queda de Hitler. E mostrou que o maior poder do ser humano, não está no brilho do mundo externo. Nem na força das armas, ou no poder atômico ou até no próprio dinheiro, em torno do qual o mundo gira. Está sim no mundo interno. E que a mudança e a transformação brotam de dentro de nós, das sementes adormecidas e de sonhos recolhidos, que se enfraqueceram perante as dificuldades externas. Mas que na obra de reconstrução, do mundo destruído pela Segunda Grande Guerra, foi capaz de encontrar, nas profundezas do inconsciente, a força para reerguê-lo e romper os bloqueios a sua chegada à consciência e ao mundo a ser reconstruído. 

Entre 1984 a 1995, Plutão passou no seu signo, Escorpião. A geração nascida nesse período, traz consigo uma força psíquica mais à flor da pele. Uma maior capacidade de enfrentar as transformações telúricas e sociais, pelas quais o planeta atravessará. E o seu maior instrumento será uma expressão mais plena e confiante do inconsciente, que transmitirá uma nova qualidade de energia vital.

Antônio Carlos Scavone / Site: www.astroacs.com


 





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