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Publicado em 14/12/2022



SENTIMENTOS E A TECNOLOGIA


Em 1990, surgiu a Ciberpsicologia, um campo novo que começou a levantar questões de como a tecnologia e redes sociais influenciam no emocional das pessoas, individualmente e em grupos. Chamou a atenção sobre as influências e mudanças nos comportamentos diante da avalanche de informações e inúmeras opções que foram surgindo.

O que mudou no decorrer dos novos tempos? Como ficaram as emoções, os relacionamentos afetivos com avanço da tecnologia? Podemos pensar de forma mais abrangente, não só nas relações de parceiros que formam um casal mas, também nas famílias, amizades, vida profissional.

Durante a pandemia, a tecnologia funcionou para aproximar as pessoas, mas também deixou margem para afastamentos de relações em todos os contextos. Cada passo ocorrido, de uma forma ou de outra, pode organizar ou desestruturar pessoas. Interessante perceber que a ampliação dos recursos tecnológicos, criou um terreno fértil para expressão dos mais diversos comportamentos.

Alguns sentimentos, foram estimulados positivamente através de oportunidades, cursos com profissionais sérios que promoveram saúde e conhecimento. Muitas pessoas descobriram em si possibilidades que antes não imaginavam. Foram criadas inúmeras possibilidades de reflexões e melhora da qualidade de vida, reforços de potencialidades, autoestima, novas formas de trabalho

As relações sem fronteiras a telemedicina, terapias on-line, avançaram vertiginosamente, trazendo conforto. A troca de emoções na criação de grupos de amigos familiares também teve aproximações e desafetos, pois a interpretação que cada um dá determinada circunstância pode gerar inúmeros conflitos.

Além das vantagens e positividades devido a abertura de um espaço de manifestação e ideias, coisas contidas, também começaram a ser expostas sem limites. Surgiram guerras declaradas e ofensivas, representando sentimentos que já existiam em cada um e foram estimulados: raiva, competitividade, ostentações, exposições egóicas, agressividade, frustração, intolerância, e altos índices de ansiedade.

Os sites e aplicativos de relacionamento, se ampliaram, abriram-se portas para conhecer pessoas, uma nova forma de se relacionar, assim como trabalho profissional em home office, novas informações, estruturas, enfim tantas mudanças, mexeram de maneira considerável nos conteúdos emocionais.

A tecnologia trouxe conhecimentos, mas até que ponto fisiologicamente e emocionalmente se pode dar conta de tudo isso. Nunca se falou tanto em dificuldades de memorização e concentração em consequências de tantas informações. É comum vermos pessoas se vangloriando por serem multi tarefas, algumas se robotizam e nem percebem, como se abrissem vários arquivos e funções para serem resolvidas ao mesmo tempo


Surgiram novas sintomatologias, a dependência e a abstinência, acrescidas dos sentimentos de negação de consequências. O contato online também passou a determinar uma diferenciação nos comportamentos, algumas pessoas por terem a proteção de uma tela, começaram a demonstrar menos inibição, comportamentos que presencialmente não realizariam.


O ambiente virtual proporcionou troca de sentimentos, mas também formas diferentes nos formatos de convivência. Famílias em uma mesma casa que se falam através de mensagens, grupos de amigos e casais num jantar sem diálogo, cada um vendo e respondendo mensagens, pessoas ligadas nas redes sociais se desligando de quem dividem a vida.

Outro comportamento que surgiu com o desenvolvimento da tecnologia foi o de mães que estimulam crianças muito pequenas a usar o celular ou tablet como recursos para distrair ou acalmar crianças hiperativas, o carinho e atenção ficou focado em liberar o acesso a uma máquina. Adolescentes frequentando sites inadequados para idade, sem monitoramento dos pais.

A falta de percepção das consequências do estabelecimento de limites no uso da tecnologia faz com que comece desde cedo o cultivo da robotização do esfriamento de emoções, afetos, posturas e comportamentais saudáveis.

Até a pontuação de um texto, com pontos, vírgulas, interrogações, exclamações podem ser interpretadas de maneira errônea causando mal entendidos e conflitos. O estresse também comparece de forma muito presente nos contatos pela tecnologia, a falta de tolerância em todos os sentidos com opiniões que diferem.

Enfim, o assunto é muito amplo, existem outras inúmeras considerações sobre os riscos dos excessos nos novos comportamentos, aqui procurei trazer para reflexão quantos conteúdos emocionais podemos observar. O uso da tecnologia com sabedoria e equilíbrio é benéfica, pode ser produtiva, quando se torna compulsividade precisa de tratamento, busque ajuda, sua decisão é uma escolha você pode ganhar ou perder.

Aproveito para agradecer e desejar a todos leitores e colaboradores do Portal um 2023 com muito sucesso, sabedoria e muita paz!

Dúvidas e sugestões, fico à disposição.

Abraços.


Claudete J. Silva Colunista de Saúde e Comportamento
Psicóloga Especialista em Clínica e Psicossomática
Atendimento presencial e on-line

WhatsApp: (11) 9 9626-4832
www.psiclaudetesilva.com.br
e-mail: claupsi.js@gmail.com
Instagram: claudetejovinianopsicologa
 













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