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Publicado em 08/10/2018



AS CRIANÇAS SÃO INOCENTES!


Todas as crianças são boas, assim como os seus pais”, afirma Bert Hellinger, psicoterapeuta alemão que desenvolveu a Terapia da Constelação Familiar.

Ao abordar a questão do comportamento das crianças e jovens em seu livro "Um olhar para a alma das crianças", Hellinger nos oferece uma mensagem de esperança e paz, descrevendo e demonstrando em sua experiência prática como psicoterapeuta e educador a transcendência das relações das crianças com os pais, seu sistema familiar, a escola, os professores e a sociedade. 

Segundo a Pedagogia Hellinger®,  o amor das crianças aos seus sistemas familiares e a lealdade a um membro da família pode influenciar o comportamento de aprendizado do aluno na escola. Para resolver questões que envolvem as crianças precisamos ampliar nossa percepção para observar leis e fenômenos que estabelecem e fundamentam as relações familiares, seja como pais, um membro da família da criança, um professor, terapeuta ou outro papel qualquer que estamos representando. 

Todos fazemos parte de uma família, que está ligada a algo maior, um grupo ao qual pertence uma consciência coletiva, que paradoxalmente, não é consciente, mas inconsciente. Isso pode parecer confuso, mas se pensarmos em histórias que nos contaram sobre alguém de nossa família quando éramos crianças, podemos entender melhor. A não ser que na sua família alguém tenha deixado suas memórias escritas ou documentadas, tenha deixado uma biografia, ou mesmo que tenha ficado famoso, nunca saberá realmente o que viveram seus ancestrais, quão duras, tristes, felizes ou infelizes foram suas vidas e histórias.  Neste sentido, muito do que foi vivido pelos membros da nossa família fica “esquecido”, “sem registro”, por isso, inconsciente para o grupo familiar e seus descendentes. 

Mas mesmo inconscientes, estes fatos ou experiências vividas por nossos antepassados ficam registrados em um campo que Hellinger descreve como sendo a Alma Familiar, um lugar ao qual sentimos que pertencemos e onde a família e nossos vínculos se expandem, buscam proteção, suporte e a realização de um propósito: a continuidade da vida através do amor.

As crianças e jovens num sistema familiar ressoam mais perto deste amor que transcende as gerações e mantem a consciência coletiva do grupo. Quando uma criança tem um comportamento indesejado, agressivo, negativo, contra si mesma ou alguém, ela está refletindo, de modo inconsciente ou involuntário, uma situação ou fato para o qual membros da sua família estão se recusando a olhar ou tomar consciência, com o único propósito de reestabelecer a ordem no sistema familiar. 


A criança olha com amor para os excluídos numa família, ela assume a exclusão para si mesma como um caminho para despertar uma ação curativa para todos os membros, sejam vítimas ou agressores, dentro ou fora da mesma família. Os excluídos precisam ser reintegrados e aceitos para que a criança seja liberada do estigma de mau aluno, indisciplinado, briguento, preguiçoso ou qualquer outro comportamento que pode se tornar um aspecto de sua personalidade, prejudicando seu desenvolvimento e a realização de seus potenciais para a vida adulta. 

O mesmo raciocínio é válido quando pensamos em nós mesmos, como adultos, onde deixamos nossa criança, em que ponto de nosso desenvolvimento infantil paramos de crescer, de aprender, de sentir e ser alegre?  E para onde olha a nossa criança interior em nossa família, na sociedade? Quais segredos, mentiras, fatos desagradáveis, vidas interrompidas estão afetando os nossos relacionamentos, nossa saúde, nossa prosperidade e através de nós, as crianças que olham para nós? Quais membros de nosso sistema familiar precisamos reintegrar antes de querer cuidar e educar bem nossas crianças e jovens?  Será que as crianças que vem a nós como problemas não representam aquilo que de mais precioso deixamos de entender ou acolher em nós mesmos? 

Deixo aqui estas questões, inspirada pelo que venho aprendendo nas Constelações Familiares, comigo mesma, em família, com clientes e amigos queridos no meu dia a dia. 

Hoje ouvi uma frase interessante: uma pedra pode mudar o curso de um rio.  Sob este ângulo, uma nova percepção, um olhar mais profundo, sensível e compassivo pode surgir sobre si mesmo, os outros e as crianças. Elas são vida e esperança no futuro da vida; vida como oportunidade de evoluir e crescer.


Para saber mais:




Valéria Mudita

Terapeuta Holística e Facilitadora de Constelações Familiares
Contato: 11 99862-3320 (whatsapp) – valeriamudita@gmail.com







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