REI LEÃO
UMA SUPERPRODUÇÃO EM CRIATIVIDADE
Publicado em 21/05/2013
Superprodução não afeta a espontaneidade dos atores
A grande produção em versão brasileira do musical Rei Leão, surpreende, não pela riqueza de produção já esperada, mas pelo respeito à criatividade, dando oportunidade aos artistas que estão no palco, mostrarem o seu talento, provando que nem só de efeitos especiais, vive uma superprodução.
Teatro absolutamente lotado, ônibus trazendo espectadores em meio ao trânsito da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. Na seqüência do terceiro sinal ouve-se a voz do personagem Rafiki, interpretado pela atriz Phindile Mkhize, avisando os espectadores sobre os celulares, aparelhos sonoros, etc.
Começava o mega espetáculo e uma grande interatividade entre artistas e público, onde até mesmo, desfile de atores travestidos de animais, passeou pela platéia, provando que super produção que se preza, não isola o público e sim, o integra.
Os animais mais altos do musical são as quatro girafas que medem aproximadamente 5 metros cada uma. Atores em pernas de pau, sobem as escadas de 1,90 metros para entrar nos bonecos e atravessar o palco a partir do lado esquerdo.
O maior animal em cena é o Elefante (apelidado de "Berna" pela equipe do palco quando o espetáculo estreou em 1997). Com 4 metros de comprimento e 2,80 metros de largura, o boneco requer quatro atores para levá-la cuidadosamente até o corredor da orquestra. O menor animal em cena é o rato no cajado de Scar, ele mede apenas 15 centímetros.
É comovente a revoada de pássaros no início do segundo ato, também manipulados por atores em cena.
Visto por quase 65 milhões de espectadores e ganhador de 70 prêmios, este incrível musical com mais de 15 anos no palco da Broadway conta com canções de Elton John e Tim Rice e a música de Lebo M. e Hans Zimmer. A versão brasileira conta com músicas adaptadas por Gilberto Gil.
Para mim a maior riqueza do espetáculo, fora a estória do filhote de leão, que é induzido pelo tio vilão a abandonar o trono, que me comove desde o desenho animado, são os atores que manipulam objetos cenográficos e figurinos especiais para representar os animais do filme da Disney.
Centenas de máscaras e fantoches foram criados para o espetáculo.
Uma produção como aquela, poderia lançar mão de telões, cenários virtuais, efeitos multimídias para trazer o clima africano, mas de maneira sensível e inteligente, mostrou que o melhor do teatro é o próprio teatro.
O momento de maior comicidade sem dúvida alguma, ficou por conta das hilárias hienas.
Com gírias populares, as malvadas inimigas dos leões, fazem a platéia rir muito, e são responsáveis pelos momentos de maior identificação com o público.
Segundo a produção do espetáculo, o texto já foi traduzido para 8 (oito) línguas diferentes (japonês, alemão, coreano, francês, holandês, mandarim, espanhol, e agora, português) e já passou por 15 países diferentes em cinco continentes. Sua estréia ocorreu na Broadway em 1997.
O espetáculo pode ser visto atualmente na Broadway e na América do Norte, no West End. em Londres - e em turnê no Reino Unido, em Hamburgo, Madri, Tóquio, Japão e Austrália a partir de dezembro de 2013.