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Publicado em 26/01/2016
O SAMBA FAZ 100 ANOS...
SAMBANDO!
Começava o século XX. O maxixe que o compositor Ernesto Nazareth(1863-1934) preferia chamar de tango e a modinha já não estavam mais a sós.
Surgia uma nova dança, um novo ritmo que receberia o nome de samba.
Trata-se de um sincretismo musical em que, originalmente estão presentes a polca europeia, que lhe forneceu os movimentos iniciais, a habanera, influenciando o ritmo, o lundu e o batuque, com o sincopado e a coreografia, e o jeitinho brasileiro de cantar e encantar, como disse Mário de Andrade.
Somente a partir de 1917, com a gravação da primeira canção, Pelo Telefone, é que o samba se popularizou como gênero musical. A composição desse samba atribui-se a Mauro de Almeida e Donga, mas é difícil essa comprovação, pois os amantes de samba criavam em grupo e cada componente dava a sua contribuição.
Nessa época era muito popular o grupo da Tia Ciata , do qual faziam parte Donga, Pixinguinha, China, Hilário, João da Baiana e outros de igual importância.
Da mesma forma que os ritmos anteriores, o maxixe, por exemplo, o samba é um acontecimento musical precisamente carioca.
A partir de 1930, com a industrialização da música através do rádio e do disco, esse estilo se tornou conhecido em outras cidades.
O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos, timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres.
O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.
As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
O samba de morro possui algumas características estéticas, como uma única estrofe em sua composição, e constantemente retomada em forma de estribilho poético, por seus participantes.
Já em 1933, era notável a diferença entre o samba do morro e o samba urbano.
Enquanto o samba de morro era tipicamente de negros, o samba da cidade tinha presença mesclada por brancos.
Noel Rosa era um representante típico do samba da cidade nesta época. Jovem e estudante de medicina, morreu deixando uma herança de composições que até hoje são regravadas.
Não há, no entanto, como estabelecer separações entre o samba de negros e samba de brancos. Isso não existe.
Principais Tipos de Samba
Samba-enredo
Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.
Samba de partido alto
Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.
Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.
Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.
Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.
Samba-exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Samba de breque
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva.
Samba de gafieira
Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.
Sambalanço
Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos.
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Clara Nunes, Martinho da Vila, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc. Mais recentemente, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, entre outros.
Na atualidade podemos destacar Diogo Nogueira, filho e herdeiro musical de João Nogueira, como o principal representante desse estilo centenário.
No carnaval, indiscutivelmente a maior festa brasileira, o samba faz escola e apresenta ao mundo a sua grandiosidade.
Confira abaixo a programação de alguns Blocos de Rua no Carnaval São Paulo 2016:
CASA COMIGO
Foliões vestidos de noivas e noivos cantam marchinhas.
Desfila na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 196, às 11h, Zona Oeste.
BANGALAFUMENGA E SARGENTO PIMENTA
Blocos do carnaval carioca. O Bangalafumenga transforma músicas brasileiras em marchinhas e o Sargento Pimenta faz versão carnavalesca das músicas dos Beatles.
Desfilam dia 30 de janeiro, com concentração às 10h na Avenida Santos Dumont – em frente ao Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo.
NÃO SERVE MESTRE
Bloco criado por amigos que trabalham com música.
8 de fevereiro, às 12h: na rua Rodésia, 484, esquina com a Fradique Coutinho, Sumarezinho.
CONFRARIA DO PASMADO
Bloco que nasceu na Vila Madalena de desfila no dia 31 de janeiro na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 196, com centração às 11h.
QUIZOMBA
Bloco carioca que faz versões para músicas internacionais e clássicos da MPB.
Dia 31/01 na Avenida Santos Dumont – em frente ao Campo de Marte, com concentração às 11h.
UMES CARAS PINTADAS
Bloco oficial da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo.
Desfile dia 02 de fevereiro, na Praça Don Orione – Bexiga, com concentração às 16h.
ACADÊMICOS DO BAIXO AUGUSTA
O bloco mistura músicas próprias com clássicos do carnaval e versões carnavalescas de hits do rock.
Desfile no Mirante 9 de julho, Zona Norte de São Paulo, com horário ainda não definido.
BLOCO PILANTRAGI
Extensão da festa Pilantragi, presta homenagem à cultura nacional. No repertório, além de marchinhas e sambas clássicos, muita música brasileira.
O desfile tem abadá e ocorrerá no Audio Club (Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca) às 22h.
No dia 16 de janeiro o bloco oferecerá uma prévia carnavalesca. Mais informações sobre o evento nessa página.
G.R.E.A. TROPICAOS
As bandas Xaxado Novo e João de Barro puxam o bloco ao som de forró e psicodelia. 8 de fevereiro, a partir das 12h; no estacionamento do parque da Água Branca (altura da rua Ana Pimentel).
Desfile dia 08 de fevereiro no parque da Água Branca (altura da rua Ana Pimentel), com concentração às 12h.
TARADO NI VOCÊ
Bloco homenageia Caetano Veloso.
Desfile dia 06 de fevereiro na Avenida Ipiranga com concentração às 15h.
BANDA GRANDE FAMÍLIA
Reúne pessoas de todas as idades para brincar o carnaval ao som de uma banda e bateria.
Desfile dia 30/01 na Avenida Moema, 161, com concentração às 10h.
KOLOMBOLO DIÁ PIRATININGA
Grupo resgata a memória do samba paulistano.
Desfile dia 29 de janeiro na Rua Belmiro Braga, Vila Madalena, com concentração às 16h.
BLOCO ESFARRAPADO
Bloco mais antigo de São Paulo. Reúne crianças, jovens e idosos.
Quando: 16 de fevereiro, concentração às 10h e desfile às 13h; na Rua Conselheiro Carrão, 466 entre as Ruas 13 de Maio e Rua Dr. Luís Barreto.
Desfile dia 07 de fevereiro na Rua Conselheiro Carrão, 466, com concentração às 10h.
CORDÃO DO JAMELÃO
Tradicional bloco de marchinhas de Carnaval.
Desfile dia 13 de fevereiro Rua Rui Barbosa Bela Vista, com concentração às 14h.
BICHO MALUCO BELEZA
Alceu Valença lidera uma banda de sete músicos e 30 batuqueiros que participam da oficina de percussão do bloco no Rio de Janeiro.
Desfile dia 30 de janeiro na Avenida Pedro Alvares Cabral, em frente ao Parque Ibirapuera e deve seguir até o Obelisco. A concentração será às 11h, com previsão de término às 15h30m., com concentração às 10h.
BANDO DO BLOQUINHO
Para o público infantil, terá sambas, hits brasileiros e músicas infantis.
Desfile dia 13 de fevereiro, numa festa de pós carnaval na Praça Horácio Sabino (Vila Madalena), com concentração às 9h.
BLOCO DA RESSACA
Bloco celebra 30 anos em 2015. Tem alas específicas para crianças, 3ª idade e deficientes físicos.
Desfile dia 30 de janeiro no Largo do Cambuci, com concentração às 14h.
CORDÃO SAMBA DO CONGO
O bloco recebe pessoas de todas as idades ao som de marchinhas de compositores do Congo e sambas dos carnavais antigos.
Desfile 8 de fevereiro, com saída da Rua Raulino Galdino da Silva, altura do número 300. A concentração será às 15h.
FONTES
“Iniciação á Música Popular Brasileira“ de Waldenyr Caldas