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Publicado em 23/10/2020


 

FAGNER

REGRAVA CLÁSSICOS DA ERA DO RÁDIO

Artista lança primeiro trabalho pela Biscoito Fino, sendo a música “Lábios que beijei”, o primeiro single, que ganha as plataformas digitais. O álbum, que chega em novembro, reúne serenatas e canções gravadas por grandes cantores da era do rádio.

Foto: Jorge Bispo
O novo álbum de Fagner, é uma seleção de serestas e clássicos da música popular, gravados originalmente por grandes vozes da Era do Rádio, como Francisco Alves, Sílvio Caldas, Orlando Silva e Vicente Celestino. A seleção afetiva de Fagner reúne temas de Pixinguinha, Silvio Caldas, Cartola, Orestes Barbosa, Vinícius de Moraes e Chico Buarque, entre outros compositores.

A relação com essas canções começou em casa, nos tempos de criança: “Meu irmão Fares Cândido Lopes foi o grande seresteiro de Fortaleza, me criei ouvindo ele cantar com Evaldo Gouveia, grande compositor da MPB que era nosso vizinho e afilhado de meus pais. Na minha infância eu ouvia música de adulto, grandes seresteiros, especialmente Silvio Caldas, a quem considerava o maior. É uma homenagem ao meu irmão, eu devia esse disco”, relembra Fagner.

O primeiro single do álbum, que leva o título de “Serenata”, será “Lábios que Beijei”, que estreia nas plataformas digitais dia 16 de outubro, marcando a estreia de Fagner na gravadora Biscoito Fino. A canção foi o primeiro grande sucesso de Orlando Silva e nasceu como uma valsa de 12 versos, em 1937 (J. Cascata e Leonel Azevedo).

“Serenata” é mais uma parceria de Fagner com o produtor José Milton: “Ele é um grande amigo, parceiro da antiga. Estivemos juntos em momentos marcantes da minha carreira e ele já me convidou para cantar em outras produções de artistas como Angela Maria, Nelson Gonçalves, Nana Caymmi e tantos outros que enriqueceram a minha discografia”, pontua.

Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner  nascido em Orós , Ceará, é um dos grandes nomes da MPB  que surgiram nos anos 70. Compositor inspirado e cantor de grande carisma, já dividiu prêmios no quesito melhor cantor do ano, com Roberto Carlos e Cauby Peixoto .

O novo álbum de Fagner inclui versões para Rosa (Pixinguinha/Otávio de Souza), Maringá (Joubert de Carvalho), Noite cheia de estrelas (Cândido das Neves, 1932), Serenata (Silvio Caldas e Orestes Barbosa, 1935), Deusa da minha rua (Newton Teixeira e Jorge Faraj),  e As rosas não falam (Cartola), entre outras.  Escolher o repertório não foi tarefa fácil: “Essa foi, talvez, a parte mais difícil – condensar em 12 canções tanta história -, e José Milton tanto ajudou como complicou essa escolha. Além de grande cantor e produtor, ele é um profundo conhecedor deste repertório”, finaliza o cantor e compositor cearense, que completou 71 anos no no dia 13 de outubro.


Lábios que Beijei

(J. Cascata / Leonel Azevedo)

Lábios que beijei

Mãos que eu afaguei

Numa noite de luar assim

O mar na solidão bramia

E o vento a soluçar pedia

Que fosses sincera para mim

Nada tu ouviste

E logo partiste

Para os braços de outro amor

Eu fiquei chorando

Minha mágoa cantando

Sou a estátua perenal da dor

Passo os dias soluçando com meu pinho

Carpindo a minha dor, sozinho

Sem esperanças de vê-la jamais

Deus, tem compaixão desse infeliz

Por que sofrer assim?

Compadecei-vos de meus ais

Tua imagem permanece imaculada

Em minha retina cansada

De chorar por teu amor

Lábios que beijei

Mãos que eu afaguei

Volta, dá lenitivo à minha dor

Ficha técnica: Arranjo e Piano: Cristovão Bastos, Violão 7 Cordas: João Camarero, Violão: João Lyra, Violino: Daniel Guedes


Silvio Tadeu 
MTB : 79.298 - SP 
(11) 4106-2507 / 9.8678-5420 




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