Estreou dia 18 de Agosto em circuito nacional, uma nova versão de “Ben-Hur“, clássico hollywoodiano, que teve uma primeira versão em 1.959 e levou 11 estatuetas, na época foi o recordista no Oscar .
São duas horas e meia de filme, que não se arrasta, ao contrário, prende o tempo todo, em tensões na medida exata e a trama cresce do início ao fim.
O conflito entre os dois irmãos, um judeu, “Judá Ben-Hur“, e “Messala“, um romano adotado pela família do primeiro, são exploradas em cenas comoventes, exageradas e fáceis em alguns momentos.
O protagonista é vivido por Jack Huston e o antagonista por Toby Kebbell, que vivem de maneira competente os respectivos papéis, deixando a grande surpresa do filme para o brasileiro Rodrigo Santoro, que vive o personagem mais emblemático do roteiro: Jesus Cristo.
Se na primeira versão, Jesus aparecia de forma intocável, sempre de costas para a câmera, nessa atual versão aparece humanizado e inteiro, ainda que com pouco texto, mas que fala mais alto que qualquer investimento em efeito especial que o diretor Timur Beckmambetov, dispôs.
Depois de cenas eletrizantes em navios romanos, corridas de bigas, mares revoltosos, difícil concordar com o final “criança esperança“, que o filme proporciona.
Comercialmente compreensível. Estamos vivendo uma era de ressurreição dos temas bíblicos. “Nóe” “Êxodo: Deuses e Reis“ ,“Os Dez Mandamentos“ , este nos cinemas e na TV, talvez os produtores tiveram a intenção de agradar o público religioso com um final “catequizador“, mas esteticamente dispensável. A conversão do protagonista já havia ocorrido, quando ele se torna amigo de Jesus, não era necessário um final tão óbvio e fácil.
Em tempos de violência, consumismo e tanto preconceito, a mensagem de Ben-Hur é muito bem vinda. A mensagem de Jesus Cristo... Indispensável!!!